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BALOEIROS

Polícia indicia suspeitos de envolvimento em incêndio no Parque do Juquery

O trio negou envolvimento com o caso, mas foi indiciado por incêndio e associação criminosa. Eles responderão pelos crimes em liberdade

22 de outubro de 2021
Mariana Dandara | Redação ANDA
2 min. de leitura
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Foto: Carla Carniel/Reuters

A Polícia Civil indiciou três pessoas suspeitas de envolvimento no incêndio que destruiu mais da metade do Parque Estadual do Juquery, em Franco da Rocha, na Grande São Paulo. Presos na quarta-feira (20) pela prática da soltura de balões que levou ao incêndio florestal, Douglas Decarolis, Davi Almeida Muniz e Aurizete Almeida Andrade Muniz pagaram fiança e foram liberados.

O trio negou envolvimento com o caso, mas foi indiciado por incêndio e associação criminosa. Eles responderão pelos crimes em liberdade. O fogo devastou 85% do parque e condenou milhares de animais à morte.

Os suspeitos foram alvo da Operação Balão Mágico, que concluiu que os baloeiros participavam de um festival na região no dia em que um balão caiu no parque, provocando um incêndio de grandes proporções. Roupas, artefatos e apetrechos usados na fabricação de balões foram encontrados com Douglas, Davi e Aurizete.

Desde setembro, o Parque Estadual do Juquery está novamente aberto ao público, que deve respeitar as normas de combate ao coronavírus, como uso de máscara e distanciamento social, para usufruir da unidade de conservação.

Animais agonizaram em meio às chamas

O sofrimento dos animais silvestres que viviam no Parque do Juquery comoveu o guarda civil Adelson Oliveira. Em prantos, ele relatou ter ouvido o grito de dor dos animais que agonizavam em meio às chamas que consumiam a vegetação da reserva.

“E o que mais dói é que daqui a gente ouve o grito dos bichinhos lá embaixo, pedindo socorro, e a gente não consegue ajudar. A gente não pode entrar lá para salvar o bicho, senão a gente morre queimado”, desabafou.

Foto: Divulgação/Polícia Militar Ambiental

Indignado, ele aproveitou a ocasião para tentar conscientizar a sociedade sobre a necessidade de por fim à prática criminosa da soltura de balões, que ameaça a vida de animais e humanos e coloca a flora em risco.

“Por causa de um criminoso. Baloeiro criminoso, vários pais de família aqui. Casco de tatu a gente encontrou ali queimado, cobra agonizando. Parem com esse ato criminoso. Esquece isso. Vai fazer outra coisa da vida, não soltar balão”, pediu.

 

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