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Polícia Ambiental investiga a morte de pelo menos 80 pinguins em Florianópolis (SC)

20 de julho de 2010
2 min. de leitura
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A Polícia Ambiental tenta descobrir a causa da morte de pelo menos 80 pinguins em Florianópolis (SC). Os animais foram encontrados nas últimas semanas na faixa de areia das praias do leste da Ilha de Santa Catarina.

mostras dos animais foram recolhidas para que sejam apuradas as causas das mortes (Foto: Lucas Lisboa)

As aves, da espécie pinguim-de-magalhães, já estavam em estado de decomposição, o que dificulta a análise pelos biólogos. Conforme o coordenador do Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), Marcelo Duarte, amostras foram recolhidas para tentar descobrir as circunstâncias das mortes.

— Dos animais que pegamos na praia, um apresentava uma anemia severa e outro tinha água nos pulmões. No primeiro caso, mais comum, o animal pode ter morrido por causa da escassez de alimento durante a migração que normalmente ocorre nesta época do ano. Já o animal com água nos pulmões sugere o possível contato das aves com redes de pesca. Debilitados pela longa viagem, eles acabam se afogando depois de ficarem presos às redes — explica Duarte.

Nos próximos dias, os policiais devem intensificar a fiscalização no mar para tentar descobrir se a colocação de redes fixas de pesca pode ter influenciado as mortes.

Migração

Em 6 de julho, 11 pinguins foram recolhidos na praia de Canasvieiras, no Norte da Ilha. Os animais estavam debilitados e foram levados ao Cetas, no Parque do Rio Vermelho, em Florianópolis, para reabilitação.

As aves permanecem no local até que tenham condições de serem lançados de volta ao mar.

A aparição de pinguins nas praias da Capital nesta época do ano é comum. Empurrados por correntes marítimas, os animais originários da Patagônia, no Sul da Argentina, acabam sendo levados para o Litoral Sul do país. Parte das aves morre no trajeto, antes de retornar para o país vizinho para se reproduzir.

Reabilitação

A polícia faz rondas nas praias da Capital e conta com o apoio de moradores para tentar localizar animais que precisam de ajuda.

Quem encontrar um animal pode entrar em contato com a Polícia Ambiental pelo telefone (48) 3269-7111 ou transportar o animal, numa caixa de papelão, até a sede do Cetas. Os pinguins não devem ser alimentados ou lavados.

Fonte: Diário Catarinense

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