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RETROCESSO

PL que permite a caça esportiva de animais silvestres é votado hoje

14 de dezembro de 2021
Vanessa Santos | Redação ANDA
2 min. de leitura
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Foto: Ilustração | Pixabay

Ativistas em defesa direitos animais estão pressionando a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) para suspender a votação do PL 5544/2020, que permite a caça esportiva de animais silvestres. Visto como um retrocesso pelas entidades de proteção animal, a medida por ir a pleito nesta terça-feira (14), na Câmara dos Deputados.

A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (CMADS), presidida por Zambelli, decide se o projeto segue para aprovação da Casa ou se segue engavetado. O parlamentar Nelson Barbudo (PSL-MT), relator da pauta, já se manifestou pela aprovação do PL, que tem causado indignação em especialistas e ativistas da proteção animal.

Conforme um trecho apresentado na proposta, poderá atuar como caçador esportivo qualquer pessoa com mais de 21 anos, que seja registrado como Colecionador, Atirador e Caçador (CAC) e possua licença de caça, que terá validade de três anos e será emitida por órgão federal de meio ambiente. A caça envolverá atos de perseguição, apreensão e morte dos animais. Se aprovada, onças, macacos, veados e outras centenas de animais da fauna brasileira estarão em risco.

Foto: Instagram | @carlazambelli

“O PL 5544/2020, que permite a caça como esporte, é um ato contra a fauna brasileira e, consequentemente, contra o Brasil. Pedimos a retirada da pauta”, solicitou a Frente Ambientalista da Câmara. “Você gostaria de ser perseguido e alvejado de tiros por pura diversão? É isso que vai acontecer com nossos animais silvestres se o PL 5544/2020 for aprovado”, alertam.

O deputado federal Nilto Tatto (PT-SP) reforça que a votação é para tornar legalizada a caça e a morte, com requintes de crueldade, de seres indefesos em prol do entretenimento de poucos. “Será que nossa sociedade vai ser dividia entre pessoas que defendem os direitos e a vida e outras que têm prazer em matar, inclusive animais silvestres e ameaçados de extinção? Seremos reduzidos a isso?”, questiona o parlamentar.

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