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Peter Singer declara o tratamento dedicado aos animais um dos quatro maiores desafios da humanidade

28 de agosto de 2013
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Peter Singer apresentou uma das palestras mais concorridas do ciclo Fronteiras do Pensamento. Foto: Divulgação / Carlos Macedo / Agencia RBS
Peter Singer apresentou uma das palestras mais concorridas do ciclo Fronteiras do Pensamento. Foto: Divulgação / Carlos Macedo / Agencia RBS

Se você pudesse numerar os principais desafios éticos para a humanidade no século 21, quantos eles seriam?

Para o filósofo australiano Peter Singer, seriam quatro: pobreza global, mudanças climáticas, tratamento dos animais e como diminuir o risco de extinção de nossa espécie.

Singer apresentou na noite desta segunda-feira no Salão de Atos da UFRGS uma das palestras mais concorridas desta edição do Fronteiras do Pensamento. Com o apoio de material apresentado em Datashow, procedimento raro neste fronteiras, Singer apresentou dados, estatísticas e provocações sobre os principais problemas que a humanidade enfrenta neste terceiro milênio, todos, de alguma forma interligados.

“Vou falar muito rápido, mas espero dizer algo sobre a natureza e a complexidade desses desafios, e não quero que vocês se sintam satisfeitos com o que vou dizer, mas curiosos para buscar informações por si mesmos e formar sua própria opinião.” disse ele.

O primeiro tema abordado por Singer foi a pobreza global, sintetizada em estatísticas brutais: sete milhões de crianças morrem por ano de doenças relacionadas à pobreza, males perfeitamente tratáveis com recursos irrisórios. Singer narrou uma fábula do qual tirou uma regra moral: alguém que veja uma criança se afogando deveria salvá-la mesmo correndo o risco de estragar seus melhores sapatos? Sim, de acordo com o autor de Ética na Prática.

Singer então se dedicou ao problema das mudanças climáticas, provocadas muitas vezes pelos países ricos com suas altas taxas de emissões de gases causadores do efeito estufa.

O terceiro tópico é uma das bandeiras mais antigas de Singer, autor, em 1975, de Libertação Animal. De acordo com ele, não há porque submeter os animais ao tratamento cruel que a pecuária industrial em larga escala os faz sofrer – reduzindo também o risco de extinção da humanidade. A grande quantidade de animais organizados em rebanhos contribui para o aquecimento global de modo mais intenso do que os transportes: Ingerir 250g de carne de boi é, em produção de metano, como dirigir 10 milhas num automóvel. Já 250g de batata é 0.17 milha.

“Findar o consumo de carne é uma responsabilidade para diminuir o aquecimento global e, ao mesmo tempo, o sofrimento dos animais” afirmou Singer.

O Fronteiras do Pensamento Porto Alegre é apresentado pela Braskem e tem o patrocínio de Unimed Porto Alegre, Weinmann Laboratório, Santander, CPFL Energia, Natura e Gerdau. Promoção Grupo RBS. O projeto conta com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul como universidade parceira e parceria cultural de Unisinos, Prefeitura Municipal de Porto Alegre e Governo do Estado do Rio Grande do Sul.

Fonte: Zero Hora

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