(da Redação)
Um projeto de lei de autoria do deputado federal Capitão Augusto (PR) determina o rodeio como patrimônio cultural brasileiro, bem como “as montarias, provas de laço, apartação, bulldog, provas de rédeas, provas dos Três Tambores, Team Penning e Work Penning, vaquejada, paleteadas e outras provas típicas”. O deputado está tentando também obter apoio ao PL através de uma pesquisa online.
Na argumentação, o deputado defende que o rodeio é vinculado à cultura brasileira e que “provém do trabalho das fazendas, tendo sido transportado o que era praticado na zona rural para as arenas e transformado em esporte, com regras, nas quais o bem-estar animal é prioridade máxima”.
Porém, episódios como o que ocorreu no rodeio de Londrina, em que ativistas denunciaram maus-tratos aos animais durante o evento, usando como prova imagens em que homens utilizam hastes para bater nos animais, junto do fato de o ambiente – com música alta e barulho extremo – não ser adequado para os touros, estressando-os, demonstram que não há preocupação alguma com o bem-estar dos animais por parte dos organizadores dos rodeios. Algo que pode ser comprovado também nas provas que acontecem em arenas, nas quais os animais são humilhados e torturados.
Muitos pessoas deixaram comentários na página do deputado na internet protestando contra os rodeios, devido aos maus-tratos aos quais os animais são submetidos. “A tradição só deve ser mantida se não implicar em crueldade! Do contrário, não pode significar cultura, mas tortura”, afirma Sandra Marques.
A modelo e atriz Yasmin Brunet utilizou as redes sociais para pedir que seus seguidores votassem contra o projeto de lei. “A gente não pode deixar os rodeios virarem patrimônio histórico do Brasil. Esse sofrimento não nos representa”, conclui.
