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Pesquisa indica que qualidade de vida dos animais é baixa em SP

2 de fevereiro de 2011
3 min. de leitura
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Foto: reprodução Época

Qual é a opinião dos moradores de São Paulo sobre o tratamento dado aos animais da cidade? Uma nova pesquisa, feita pelo Ibope em parceria com a Rede Nossa São Paulo, ajuda a desvendar tal questão e mostra que os animais passam por dificuldades na capital.

Chamada de Irbem (Indicadores de Referência de Bem-Estar no Município), a pesquisa aborda diversos temas: o  bem-estar, a confiança da população nas instituições, a satisfação com os serviços públicos, a administração municipal e a percepção sobre a segurança na cidade. E em meio a estes temas, toda uma seção da pesquisa trata dos cães e gatos paulistanos.

Segundo a Rede Nossa São Paulo, que conta com a participação da sociedade civil, de ONGs e de movimentos populares, a ideia de incluir os animais  na pesquisa veio de ambientalistas ligados à proteção dos animais. As questões foram inicialmente feitas para as crianças e adolescentes que participaram da pesquisa em 2009, e o resultado foi tão interessante que repetiram as perguntas em 2010 também para os adultos.


Na pesquisa recém divulgada, vemos que os moradores da região abrangida pela subprefeitura da Freguesia, Brasilândia e Perus atribuíram a pior nota para o tratamento dado aos animais. A média foi de 4 pontos (em uma escala de 0 a 10), enquanto em locais como Butantã e Lapa e Pinheiros o tratamento dado aos pets recebeu nota 5,6. A média total da cidade foi de 4,8. No que diz respeito à satisfação da população com as políticas e campanhas para evitar o abandono de cães e gatos, a nota média atribuída à cidade foi de 4,9, chegando a 5,7 na zona oeste e 4,6 no centro e na zona sul. (veja mais dados na tabela abaixo)

As diferenças entre as regiões são significativas. Embora a renda não indique que um tutor trata bem ou mal o seu animal, áreas periféricas da cidade parecem ter mais problemas com a população de animais domésticos. Segundo Marco Ciampi, ambientalista e presidente da ONG Arca Brasil, em áreas menos verticalizadas existem mais animais que passeiam desacompanhados pela rua, podendo gerar problemas como crias indesejadas. “Deveria haver uma campanha maior para a guarda responsável do animal, com ênfase na cultura do registro”, afirma Marco.

Foto: sem crédito

Se todos oscães e gatos fossem registrados em um sistema único de cadastro, a Prefeitura conseguiria realizar melhores medidas de planejamento, além de responsabilizar os tutores pelos seus animais e eventuais perdas ou maus tratos. Segundo Marco, atualmente a Prefeitura não consegue exercer o planejamento e controle de forma ampla, pois conta com apenas um órgão (o Centro de Controle de Zoonoses – CCZ), situado na Zona Norte da cidade. “É preciso descentralizar o órgão, e criar unidades em mais regiões”, afirma.

Outra questão importante – e deixada de lado pela pesquisa – é a saúde dos animais. Faltam dados sobre a oferta e a qualidade dos serviços públicos para a castração e vacinação de cães e gatos.

Fonte: Época

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