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NECRÓPSIA

Pedaço de isopor é encontrado no esôfago de baleia morta no litoral de SP

Da espécie jubarte, a baleia era um macho juvenil com aproximadamente oito metros de comprimento e estava em estado avançado de decomposição

22 de setembro de 2021
Mariana Dandara | Redação ANDA
2 min. de leitura
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Baleia encontrada em Ilha Comprida (Foto: Divulgação/IPeC)

Um pedaço de isopor foi encontrado dentro do esôfago de uma baleia que morreu no litoral de São Paulo. O corpo do animal foi localizado em Ilha Comprida na terça-feira (21). Da espécie jubarte, a baleia era um macho juvenil com aproximadamente oito metros de comprimento e estava em estado avançado de decomposição.

A necrópsia do corpo foi realizada por funcionários do Instituto de Pesquisas Cananeia (IPeC) que colheram amostras do animal no balneário Cláudia Mara, onde o encalhe aconteceu. Além do isopor, a equipe encontrou também um fio de nylon preso à nadadeira caudal da baleia. Não foi possível, porém, determinar a causa da morte por conta do estado avançado de decomposição do corpo.

Além dessa jubarte, outro animal da espécie, porém filhote, foi encontrado morto no litoral de São Paulo. Na segunda-feira (20), o corpo apareceu na Praia de Itaoca, em Mongaguá. A ocorrência foi registrada pelo Instituto Biopesca, que informou que a baleia tinha cerca de 8,4 metros de comprimento e também estava em estado de decomposição bastante avançado.

Filhote de jubarte aparece morto em Mongaguá (Foto: Reprodução/Instituto Biopesca)

Acionada ainda quando o corpo estava na água, a equipe do Instituto contou com o auxílio de servidores da prefeitura para locomover a baleia após o encalhe. Levada até uma área mais seca e segura, ela pôde ser submetida à coleta de material para análise. A causa da morte é investigada.

No total, 13 ocorrências de baleias foram registradas este ano pelo Biopesca, sendo 11 da espécie jubarte. O fato da maior parte pertencer a essa espécie tem relação com a migração das jubartes, já que neste período do ano essas baleias deixam as águas geladas de seus locais de origem e migram para as águas mais quentes do Nordeste do Brasil, onde se reproduzem ou dão à luz.

O que fazer ao encontrar animais marinhos?

Especialistas reforçam que não se deve tentar resgatar, em hipótese alguma, animais marinhos vivos ou mortos encontrados em praias brasileiras. Nestes casos, o recomendado é isolar o local, manter cães e gatos longe do animal encalhado e acionar um serviço especializado.

Na região do Vale do Ribeira, o IPeC realiza esse trabalho. Na Baixada Santista, o Instituto Biopesca monitora o Trecho 8, entre Peruíbe e Praia Grande. Os serviços podem ser solicitados pelos telefones 0800 642 3341 (horário comercial) e (13) 3851.1779.

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