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Pássaros encontrados em cativeiros são soltos em Teresópolis (RJ)

7 de novembro de 2009
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Setenta e quatro aves silvestres voltaram a viver em seu habitat natural na manhã desta sexta-feira (6). Encontrados em cativeiros por fiscais da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, do Instituto Estadual do Ambiente/Parque Estadual dos Três Picos e do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade/Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro, os pássaros foram soltos em um sítio às margens da estrada Rio-Teresópolis, vizinha ao PARNASO (Parque Nacional da Serra dos Órgãos). “Nesse local só estão sendo soltas espécies como coleiro, pichanchão, sabiá e azulão, por exemplo, que podem ser encontradas na nossa região. Outras que foram apreendidas na mesma operação, como o coleiro do brejo e o cara-suja, serão levadas para suas regiões de origem”, explica Guilherme Andreoli, biólogo e analista ambiental da Secretaria de Meio Ambiente.

As aves foram apreendidas na última quinta-feira (5) em operação no Segundo Distrito. No local também foram encontradas duas espingardas, munição e armadilhas para captura de animais, entre outros materiais de caça. A ação conjunta dá continuidade à Campanha Pássaro Legal é Pássaro Solto, lançada no início do ano e que desde janeiro apreendeu mais de 1.500 aves nativas da Mata Atlântica, entre espécies capturadas ilegalmente e doadas pelos criadores para serem devolvidas à natureza.

Imagem: Marcello Medeiros/ Diário de Teresópolis
Imagem: Marcello Medeiros/ Diário de Teresópolis

Maritaca, pichanchão, sabiá-laranjeira, sabiá-una, curió, azulão, canário-da-terra e tico-tico foram algumas das espécies apreendidas. As aves foram encaminhadas para o Parque Nacional da Serra dos Órgãos e avaliadas por biólogos e veterinários, sendo devolvidas à mata as que estavam em boas condições. As machucadas ou já adaptadas ao cativeiro foram encaminhadas para o Centro de Triagem de Animais Silvestres do Instituto Chico Mendes, antigo Ibama.

O estudante de biologia Alessandro Silva acompanhou a soltura das aves e destacou a importância da campanha de conscientização. “Isso serve de exemplo para aqueles que insistem em manter pássaros presos. Foi uma experiência única ver essas aves de volta a sua verdadeira casa”, disse.

Segundo o Secretário Municipal de Meio Ambiente, o criador que quiser doar seu animal não legalizado pode procurar a Secretaria de Meio Ambiente. “Nossas portas estão abertas para recebermos doações. Além das apreensões, investimos na conscientização da população para combater essa cultura de manter pássaros silvestres presos em gaiolas”, alertou Flávio Castro, ressaltando que este tipo de crime continuará sendo combatido pela intensificação das operações.

“Nosso objetivo com essa operação conjunta é mudar a cultura ilegal de manter pássaros presos em gaiolas, prática que não traz benefício nenhum à sociedade e que é considerada crime ambiental”, destaca o Secretário, acrescentando que a iniciativa pretende sensibilizar a população e estimular a entrega voluntária de aves em cativeiro.

A fiscalização é feita com base em denúncias, que são investigadas antes de os fiscais saírem em campo. Os responsáveis são conduzidos para a 110ª Delegacia Policial, onde são autuados por crime ambiental, ficando sujeitos ao pagamento de multa cujo valor oscila de R$ 500 a R$ 5 mil por animal apreendido e também ao cumprimento de uma pena que varia de seis meses a um ano de detenção.

A sede de Teresópolis do Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Soberbo, e o núcleo Jacarandá do Parque dos Três Picos, no Meudon, bem como a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, localizada na Rua Rui Barbosa, nº 170 – Centro, Rio de Janeiro, funcionam como pontos fixos para a entrega voluntária de pássaros.

Fonte: Diário de Teresópolis

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