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GLASGOW

Painéis enaltecem a produção e consumo de carne vegetal

20 de novembro de 2021
Beatriz Paoletti | Redação ANDA
2 min. de leitura
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Imagem: Getty Images/NatashaPhotos

Durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP26) em Glasgow, o Good Food Institute (GFI) instalou painéis pela cidade escocesa para conscientizar da importância da ação coletiva na diminuição da emissão de carbono por meio da maior produção e do consumo de carnes vegetais.

A produção de carnes vegetais e cultivadas pode gerar até 92% menos emissões de gases de efeito estufa do que a produção de carne animal, por meio da agropecuária. As informações são do portal Vegazeta.

“Para cumprir a meta de limitar o aumento da temperatura média global em 1,5°C, conforme determinado pelo Acordo de Paris, e para proteger as florestas e outros importantes ecossistemas que servem como sumidouros de carbono, é necessária uma transição no sistema alimentar global”, diz o GFI.

“Mesmo que as emissões de combustíveis fósseis fossem imediatamente interrompidas, a produção global de proteína por si só impossibilitaria a meta de 1,5 ° C.”

Segundo a organização, o consumo e a produção baseadas em carnes vegetais podem diminuir em até 20% as emissões que até 2050 precisam ser alcançadas. A transição para as proteínas alternativas também conservaria centenas de milhões de hectares de terras, próprias para serem geridas de acordo com as necessidades climáticas.

“Esta poderia ser uma área igual a um quarto dos 48 estados dos EUA e removeria cinco gigatoneladas adicionais de dióxido de carbono por ano da atmosfera.”

Calcula-se que entre 2020 e 2050 a demanda mundial por carne aumente de 40 a 100%, algo não sustentavel para o planeta. “Se não houver mudança nos métodos de produção de carne, tal aumento causará um adicional de 5 a 10 gigatoneladas de CO2 por ano apenas da pecuária e atividades relacionadas.”

Os sistemas de produção de proteína, por meio da agropecuária, são as principais causadoras do desmatamento devido a formação de pastagens e cultivo de alimentos para animais criados para serem consumidos pelos humanos.

A produção de porteína animal também envolve 70% das terras agricultáveis do planeta e 30% da superfície terrestre, de acordo com o artigo científico “Global land change from 1982 to 2016”, de Xiao-Peng Song, publicado na revista Nature em 2018.

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