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TRAGÉDIA

Ossadas de animais silvestres mortos em incêndio são encontradas no Parque do Juquery

Animais vivos e um ipê amarelo que sobreviveu ao fogo também foram registrados na reserva ambiental

5 de setembro de 2021
Mariana Dandara | Redação ANDA
2 min. de leitura
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Foto: ORLANDO JUNIOR/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Ossadas de animais silvestres mortos no incêndio que devastou 85% do Parque Estadual do Juquery, em Franco da Rocha, na Grande São Paulo, foram encontrados durante uma ação de voluntários que visa fazer uma limpeza na reserva ambiental.

A ação foi iniciada na última sexta-feira (3) 3, durante as buscas, várias ossadas foram encontradas, incluindo o crânio de um tatu. Tatus que sobreviveram ao incêndio e retornaram ao parque também foram vistos.

Além dos ossos de animais, os voluntários também retiraram do local lixo e material queimado, além de entulhos e utensílios encontrados no parque incendiado após a queda de um balão solto de forma criminosa.

As chamas devastaram a reserva por quatro dias e mais de 300 brigadistas formaram uma força-tarefa para conter as chamas. O incêndio criminoso é investigado pelo Ministério Público e pela Polícia Civil.

Foto: ORLANDO JUNIOR/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Resiliência: ipê amarelo em meio à mata queimada

No sábado (4), imagens aéreas registraram a imensa devastação causada pelo incêndio, mas não só. Isso porque a presença de um ipê amarelo, que se destaca em meio à vegetação destruída pelas chamas, também foi registrada, chamando a atenção para a resiliência e a força da natureza.

A fotografia não deixa dúvidas sobre a insistência das árvores em sobreviver mesmo em condições adversas. Outros registros de plantas que foram queimadas e estão brotando após chuvas recentes também trazem esperança de dias melhores.

Foto: ORLANDO JUNIOR/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

A resiliência da natureza, porém, não está presente apenas no renascimento da flora, mas também no retorno ao parque de animais silvestres que deixaram o local para fugir do fogo. Câmeras instaladas por membros do Grupo de Resgate de Animais em Desastres (GRAD) registraram animais retornando ao parque. Durante o incêndio, cerca de 24 foram resgatados pela instituição, mas 12 morreram.

Até o momento, foi registrada a presença de gambás, tatus, quatis, além de uma jaguatirica e uma capivara. Várias aves também foram flagradas chegando ao parque após o incêndio. “Aos poucos, esse pedacinho de Cerrado irá voltar à vida novamente. Parabéns à equipe do parque, que vem desenvolvendo ações que irão acelerar esse renascimento”, disse a ONG.

Foto: Reprodução

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