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DESCASO

Orca mais velha mantida em cativeiro no Japão é vista vivendo sozinha em espécie de piscina

Imagens mostram que ela está em completo sofrimento e tédio, apenas flutuando no pequeno tanque

19 de abril de 2024
Júlia Zanluchi
2 min. de leitura
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Foto: Life Investigation Agency | Dolphin Project

A orca mantida em cativeiro a mais tempo no Japão foi levada para um hotel à beira-mar e complexo de aquário recém-renovado no sul do país, gerando preocupações com seu bem-estar. Imagens de investigadores de bem-estar animal mostram ela vivendo em um tanque de concreto onde alternava entre passar muito tempo apenas flutuando na água e exibir comportamentos estereotipados ao nadar repetidamente de um lado para o outro.

O proprietário do hotel, Granvista, mantém 22 hotéis em todo o Japão, alguns dos quais oferecem vistas subaquáticas para os visitantes dos restaurantes de suas exposições de mamíferos marinhos. Stella, a orca idosa que está no Hotel Kobe Suma Sea World, participará, segundo alegações, de apresentações quando o complexo reabrir em junho. Os hóspedes também poderão pagar para nadar com golfinhos.

Fotos aéreas de Stella tiradas pelo grupo japonês de bem-estar animal Life Investigation Agency (LIA) e pelo Dolphin Project com sede nos EUA, mostram a orca sozinha em seu novo tanque azul, que se assemelha a uma grande piscina. Anteriormente, ela havia sido alojada com sua filha Ran II e seu neto Earth. Não está claro quanto tempo ela passará sozinha.

O diretor da LIA, Ren Yabuki, lamentou que o Japão esteja “indo contra a tendência” e, em vez de eliminar os shows de orcas, esteja “expandindo sua abordagem na exploração de animais selvagens”. Ele argumenta que não há valor educacional ou de proteção em manter orcas em cativeiro.

Stella foi capturada nas águas islandesas em 1987, quando tinha apenas um ano, e durante seus 37 anos em cativeiro, deu à luz cinco filhotes. Yabuki descreveu sua habitação atual como um “ambiente altamente inadequado” e criticou o aquário por forçar suas orcas a realizar truques que estão longe de seu comportamento natural.

Ele pediu ainda ao Granvista que enviasse suas orcas para um santuário oceânico, para que pudessem ser reabilitadas e transferidas de volta para a natureza.

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