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Operação em Roraima resgata 66 tartarugas que seriam vendidas

25 de agosto de 2015
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Tartarugas foram devolvidas ao rio (Foto: Divulgação/ICMBio)
Tartarugas foram devolvidas ao rio (Foto: Divulgação/ICMBio)

Uma operação de fiscalização conjunta realizada pelo Parque Nacional do Viruá (ICMBio) e a Polícia Militar (PM) resgatou 66 tartarugas-da-amazônia que estavam em poder de uma quadrilha de traficantes na região do baixo Rio Branco, no município de Caracaraí, região Sul de Roraima. Os répteis estavam escondidos na mata dentro de sacos de fibra e seriam transportados e vendidos. O resgate ocorreu na sexta-feira (21) e foi divulgada nesta segunda-feira (24).
As equipes apreenderam dois motores rabeta e um bote, utilizados pela quadrilha para a prática do crime ambiental. Os equipamentos estavam escondidos na mata e o bote afundado no rio, para dificultar a localização do equipamento. De acordo com o coordenador da operação, Samuel Lima Rodrigues, a apreensão foi feita após uma denúncia ao ICMBio.
“Recebemos a denúncia de que uma quadrilha estaria agindo no rio Anauá, no limite sul do parque. Mas, após intensa vistoria na área, não identificamos nenhum sinal da presença deles. Mesmo assim, não desistimos e, no dia seguinte, conseguimos localizá-los em outra área”, explicou.
Os suspeitos de praticarem o crime ambiental não foram presos. Conforme a PM, eles ouviram o barulho do barco da fiscalização e fugiram. “Ao ouvirem o motor do nosso barco chegando, os traficantes fugiram e se embrenharam na mata, o que torna impossível a captura”, relatou o cabo André Araújo.
Após o resgate, as tartarugas passaram por avaliação e foram devolvidas ao Rio Branco.
Com esta operação, o Parque Nacional do Viruá já totaliza mais de 1.400 tartarugas-da-amazônia resgatadas das mãos de traficantes e devolvidas aos rios da região com vida nos últimos cinco anos.
“Apesar dessa pressão ocorrer fora dos limites do Parque Nacional do Viruá, a gestão não tem medido esforços para articular e viabilizar uma série de ações de combate ao tráfico de quelônios que tem resultado em sucessivos recordes de resgates nos últimos anos, com alto nível de efetividade”, explicou Beatriz Lisboa, analista ambiental do ICMBio.
A operação, que durou cinco dias, entre 18 e 22 de agosto, contou com o apoio de dois policiais militares de Caracaraí e foi custeada com recursos do Programa Áreas Protegidas da Amazônia (ARPA). Uma nova operação de combate ao tráfico de animais silvestres já está em andamento, segundo o ICMBio. Além dos trabalhos com órgãos parceiros, as ações incluem investigação prévia, intensas vistorias, barreiras e uso de equipamento próprio.
Fonte: G1

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