EnglishEspañolPortuguês

ONG denuncia choques e maus-tratos aos animais durante os rodeios

19 de agosto de 2011
2 min. de leitura
A-
A+

No fundo dos bretes, longe das 35 mil pessoas que lotam as arquibancadas do estádio de rodeios do Parque do Peão de Barretos, os touros são conduzidos com “choques”.

Para a ONG de defesa animal PEA, o instrumento é mais um a provocar maus-tratos aos animais.

Em Barretos, veterinários utilizam condutores de mão, com baixa amperagem, para “assustar” os animais e levá-los para as baias existentes atrás dos bretes (local de onde saem as montarias).

“O bastão com choque deve ser bonitinho [em Barretos], brilhante, enquanto em outros locais usam fios desencapados. Mas o efeito [negativo para o animal] é o mesmo”, afirmou Carlos Rosolen, da PEA.

Orivaldo Vasconcelos, coordenador do centro de estudos de Os Independentes, alega que o equipamento, de um microampere, é utilizado para conduzir os animais para a frente. “Para que a pessoa não grite ou bata nos animais. Ele gera uma contração muscular súbita, mas só em caso de necessidade.”

Ele negou que o aparelho seja usado para “acordar” os animais para as montarias. “Se aplicado em maior amperagem e mais vezes, o touro não pularia, já que sofreria relaxamento muscular.”

A PEA trava uma briga judicial com Os Independentes, que está no Supremo Tribunal Federal. O PEA foi condenado por vincular o evento a maus-tratos e, por isso, recorreu, alegando “odiosa censura judicial à liberdade de expressão”.

Presidente de Os Independentes, Marcos Murta afirmou que, na Festa do Peão de Boiadeiro de Barretos, não há maus-tratos aos animais.

“Isso é impensável. Em Barretos não há nada disso, tanto preservamos os touros que investimos no Ecoa e estamos de portas abertas para as entidades que queiram conferir o que acontece aqui”, afirmou.

Ainda segundo o presidente da festa, entidades como o PEA utilizam imagens de eventos fora do país como se fossem de Barretos para denegrir o evento. “Estamos à frente de países como EUA e Canadá nos cuidados e na preparação com os animais. Se existe maus-tratos, isso passa longe daqui.”

Fonte: Jornal de Floripa

Você viu?

Ir para o topo