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Onça resgatada em MG foi recuperada e solta em mata do cerrado

29 de abril de 2010
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Ao que tudo indica, o diagnóstico da onça suçuarana, resgatada na última quinta-feira pela polícia ambiental, será de intoxicação. A informação é do médico veterinário Cláudio Yudi, que acompanha o caso desde o resgate. Segundo ele, no momento da captura, em uma fazenda próxima a Uberaba, o felino passava mal e estava com a saúde debilitada (mancando, desidratado e muito fraco). A suspeita é que a onça tenha se intoxicado pelo uso indevido de agrotóxicos nas fazendas da região.

Na manhã de ontem, o veterinário acompanhou a equipe da Polícia Ambiental até uma mata fechada entre as cidades de Uberlândia e Nova Ponte. “Optamos pelo local, uma vez que se trata de uma mata praticamente virgem do cerrado. A onça foi solta nessa região, porque já está acostumada a este bioma característico do cerrado”, afirma.

De acordo com Yudi, policiais ambientais já anotaram pegadas de onças também dessa espécie, nesta mesma mata, “o que acaba sendo mais um motivo para que ela seja solta ali”, afirma ele.

Não houve dificuldade de transporte entre Uberaba e a região, já que a onça estava sob efeito de sedativos. “Antes de soltarmos fizemos novos exames de sangue e a morfometria, que é a medição dos membros, do corpo e do peso da onça que aparenta ter entre 8 e 10 anos. Fizemos também uma espécie de tatuagem na orelha dela para que, caso a reencontremos, possamos identificá-la e fazer o comparativo com essas medidas”.

Segundo Cláudio Yudi, especialistas analisarão a amostra de sangue do animal para confirmar a intoxicação por agrotóxicos. O material também será mandado para laboratório em Belo Horizonte para apontar se a intoxicação foi direta ou indireta, “se o animal teve contato direto com o veneno ou se ele comeu outro animal que já estava intoxicado”, explica.

O biólogo e coordenador do zoológico local, Paulo César Franco, observa que durante esses 6 dias em que ficou no zoológico, a suçuarana apresentou progressões significativas no quadro clínico. “Já estava caminhando sem qualquer dificuldade, urinava e defecava com normalidade e até estava comendo presas vivas”, afirma.

Fonte: Jornal de Uberaba


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