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Óleo de animais será usado na busca de uma forma "ambientalmente sustentável" de voar

22 de julho de 2015
2 min. de leitura
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Por Bruno Muller (da Redação)

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Nos últimos dias uma matéria foi publicada no New York Times, dizendo que em breve a United Arlines fará um voo de Los Angeles para San Francisco usando como combustível rejeitos das fazendas e óleos de origem animal. Trata-se de um experimento que pretende substituir os atuais combustíveis de aviões por outros, movidos a biocombustível.
Por trás da medida está a preocupação com a emissão de gases do efeito estufa. A matéria diz que, apesar das emissões de gás carbono das companhias aéreas somarem apenas 2% do total das emissões globais, elas “são uma das fontes de poluição por gás carbônico que mais crescem no mundo”.
Por um lado há a pressão do governo dos Estados Unidos e também das Nações Unidas para que as companhias aéreas reduzam suas emissões – neste mês, o governo Obama propôs novos limites para as emissões na aviação. Agências das Nações Unidas vêm negociando um acordo no mesmo sentido, esperado para fevereiro de 2016.
Por outro lado existe a indústria dos biocombustíveis, que tem prosperado, e vêm na aviação um dos mercados mais potencialmente lucrativos. Uma das maiores companhias do setor, Fulcrum, está para fechar um acordo de investimento com a mesma United Airlines acima mencionada.
As próprias companhias aéreas estão receptivas à ideia, não apenas pela pressão pela redução de emissão de gases, mas por ver na mudança também uma redução de custos – o combustível é um dos componentes mais caros da aviação.
Não apenas óleos de animais ou rejeitos das fazendas, mas outras matérias primas para biocombustíveis têm sido experimentados – lixo familiar e resíduos de madeira, por exemplo.
Então, se, interesses financeiros e ambientais convergem para que os biocombustíveis venham a substituir os combustíveis de avião atuais, cuja matéria prima é o petróleo.
Nota da Redação: O óleo de animais que será usado para a criação desse combustível nada mais é do que restos dos animais assassinados nas fazendas onde são criados. É apenas mais uma forma de extrair lucro até a última grama de suas carcaças, otimizar a exploração de seres sencientes que são usados como máquinas, como objetos. Existem outras formas de produzir combustível limpo – mas usar animais deve render uns trocados a mais para os criadores, e custar uns centavos a menos às companhias de biocombustível. Essa notícia vem apenas para mostrar que os ideais de sustentabilidade nem sempre vão de encontro aos interesses dos animais. E que os interesses financeiros raramente vão.

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