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QUÊNIA

O esforço para salvar raros antílopes africanos da extinção

Quênia inaugura primeiro refúgio do mundo para receber os bongos-orientais, espécie com menos de 100 indivíduos vivendo na natureza

26 de março de 2022
André Sollitto
1 min. de leitura
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Dois dos cinco bongos-orientais que agora estão abrigados no Mawingu Mountain Bongo Sanctuary, no Quênia –  Mawingu Mountain Bongo (Foto: Sanctuary/Divulgação)

Nativos da região de florestas equatoriais do Quênia, os bongos-orientais, uma espécie rara de antílope, já andaram em grande número, mas têm sofrido muito com a caça ilegal, com outros predadores e com doenças. Desde a década de 1950, a população caiu e hoje restam menos de 100 bongos vivendo na natureza. Para evitar a extinção desses animais, o Quênia acaba de inaugurar o Mawingu Mountain Bongo Sanctuary, o primeiro santuário do planeta dedicado aos antílopes.

Inicialmente, cinco indivíduos foram selecionados para o santuário, incluindo dois machos. De acordo com o ministro do turismo queniano, Najib Balala, a proposta é inserir grupos de cinco indivíduos a cada seis meses na região. Eles poderão acasalar livremente e já foram selecionados entre rebanhos reprodutores justamente com o objetivo de ampliar a população.

Até 2025, o santuário terá entre 50 e 75 animais. O processo de preparação dos bongos-orientais mantidos em ambientes protegidos para a inserção na natureza demorou 20 anos. Agora, a expectativa dos quenianos é fazer com que a população de bongos no país chegue a 750 animais até 2050.

Embora estejam em grave risco de extinção e tenham sido caçados à exaustão, os bongos não receberam a mesma atenção que os chamados “cinco grandes” dos safáris: elefantes, leões, búfalos, leopardos e rinocerontes. Assim chamados pela dificuldade em serem abatidos, esses animais se tornaram prêmios valiosos para caçadores e hoje são considerados vulneráveis pelos conservadores da vida selvagem.

Fora da natureza, os raros antílopes são encontrados em zoológicos, como o de Varsóvia, na Polônia, e em unidades de conservação.

Fonte: Veja

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