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Na ânsia pela liberdade, leoa escapa de jaula e funcionário acaba morto

Animal conseguiu abrir a jaula quando homem colocava carne em uma janela de alimentação

1 de fevereiro de 2022
Thayanne Magalhães l Redação ANDA
3 min. de leitura
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Leoa e companheiro buscavam a liberdade, mas foram recapturados. Foto: AFP

Como você se sentiria se fosse mantido aprisionado em uma jaula todos os dias? É correto retirar um animal do seu habitat para usá-lo como entretenimento? Por causa do confinamento, muitos animais acabam sofrendo de depressão e transtornos mentais, o que pode motivar ataques.

No Irã, uma leoa aproveitou o momento em que um tratador colocava carne em uma janela de alimentação para abrir a jaula e escapar do cárcere. O homem de 40 anos acabou sendo morto pela leoa, que junto de seu parceiro, ficou desnorteada tentando escapar do zoológico, mas acabaram sendo recapturados.

Segundo informações divulgadas pela agência de notícias IRNA, do governo iraniano, o tratador foi identificado apenas pelo nome de sua família, Esfandani, e tinha a responsabilidade de alimentar os leões.

Leao e homem são vítimas de um mercado de entretenimento que não faz sentido. Manter animais selvagens enjaulados é crueldade. Animais selvagens podem desenvolver neuroses e outras doenças em cativeiro. Zoológicos e aquários mantêm animais em ambientes inadequados às necessidades de cada espécie.

Nenhum animal ataca o homem com intuito de matar. Leões caçam suas presas para se alimentar porém, no caso do zoológico da cidade de Arak, a leoa, encarcerada sem ter cometido crime algum, ansiava por sua liberdade, e por isso atacou o tratador. Infelizmente sua liberdade durou pouco e logo ela voltou para o confinamento.

Qualquer habitat que não seja a natureza estressa o animal e traz uma série de consequências para sua saúde física e mental. As baleias do Sea World, por exemplo, nasciam com deformações na barbatana por conta do confinamento.

O turismo animal inclui abusos ao bem-estar dos animais, como o fato de serem separados de suas mães desde muito cedo, apanharem ou serem feridos durante o treino. Eles também são forçados a ser montados, fazer truques ou permanecer passivos para as ‘tão importantes’ fotos de recordação das férias.

Ao contrário do que muita gente pensa, aquários e zoológicos não são uma boa oportunidade para que as crianças conheçam bichos diferentes. Os pequenos precisam ser ensinados desde cedo a respeitar os animais e entender que o lugar de espécies selvagens é na natureza.

Quem quiser saber mais sobre animais diferentes pode entrar em contato com santuários, que não compram, vendem ou capturam animais. Essas instituições fazem um trabalho importantíssimo ao acolher bichos que foram vítimas de maus-tratos em zoológicos e circos e que não conseguiriam sobreviver na natureza.

Muitas espécies vivem em grupos e isso é fundamental para seu bem-estar. Frequentemente filhotes e membros da família são vendidos e enviados para outros zoológicos ou aquários, comprometendo as relações entre eles.

Filhotes atraem visitantes, mídia e dinheiro. Mas quando o animal cresce e o local não tem espaço para abrigá-lo, ele pode ser vendido a zoológicos, circos ou até mesmo sacrificados.

Muitos estabelecimentos não oferecem condições adequadas para os animais. Eles frequentemente são mantidos em espaços pequenos e sem a climatização necessária. Há relatos de ursos polares que viviam sob um calor de 30 graus.

Se você se importa com o bem-estar animal, não visite zoológicos. Não patrocine a crueldade que é manter espécies selvagens aprisionadas e infelizes.

Nota da Redação: Zoológicos e outros locais que aprisionam animais devem ser completamente extintos. Casos como o de Arak servem para alertar a população mundial sobre a injustiça e crueldade escondida atrás de zoológicos e outros locais que mantém animais em cativeiro apenas para divertimento humano. É preciso clarear a consciência para entender e respeitar os direitos animais. Eles não são objetos para serem expostos e servirem ao prazer de seres humanos. As pessoas podem obter alguns minutos de entretenimento, mas para eles é uma vida inteira de exploração e abusos condenados pelo egoísmo humano.

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