Uma mulher de 34 anos foi presa em Mococa (SP) na noite de segunda-feira (5) pelo crime de maus-tratos a animais. A Polícia Militar encontrou na casa dela, no bairro São Bartolomeu, dois cães debilitados e dois mortos.
Segundo o delegado Wanderley Fernandes Martins Jr., o crime de maus-tratos é inafiançável e prevê pena de reclusão de dois a cinco anos.
A mulher passou por audiência de custódia e foi concedida liberdade provisória na tarde desta terça (6).
Mulher é presa em Mococa após PM encontrar cães em situação de maus-tratos
Denúncia
De acordo com o boletim de ocorrência, a PM foi ao local acompanhada de uma protetora de animais da Associação São Francisco de Assis, que recebeu uma denúncia.
Ao entrarem na casa com autorização da proprietária, os policiais encontraram dois cães mortos, além de outros dois vivos em estado aparente de maus-tratos.
De acordo com o B.O., os cachorros mortos estavam em estado de decomposição, com várias larvas, sendo que um estava em um saco de lixo dentro da residência e o outro no quintal.
No quintal havia também um filhote macho de grande porte extremamente magro, com costelas aparentes e com vários carrapatos.
Segundo a polícia, o local estava sujo, com diversas fezes de animais, lixo, roupa suja, sem alimento e sem água.
Na área da frente, havia uma cachorra fêmea de pequeno porte também extremamente marga e com carrapatos. O local também estava sujo, não havia água e alimentos disponíveis.
Os animais vivos foram socorridos e acolhidos pela Associação Protetora dos Animais (APAN) Casa Branca e passaram por atendimento veterinário na manhã desta terça.
A protetora de animais da Associação São Francisco de Assis contou à polícia que há um ano a mulher que foi presa adotou quatro cães na associação. Cerca de três meses atrás um dos animais foi encontrado abandonado. A mulher disse que os animais estavam na tutela do ex-marido.
No domingo (4), os animais foram encontrados abandonados na Rodovia Prefeito José André de Lima (SP-340), que liga Mococa a Casa Branca, e foram acolhidos pela associação.
Diante das versões apresentadas, os policiais militares conduziram as partes ao Plantão Policial, onde a mulher foi presa em flagrante e encaminhada para a cadeia de São João da Boa Vista.
Liberdade provisória
Na audiência de custódia, a justiça decidiu pela liberdade provisória da mulher com as seguintes medidas cautelares:
– comparecimento a todos os atos do processo e comunicação sobre eventual mudança de endereço;
– proibição de se ausentar da comarca (distrito da culpa) por mais de 7 (sete) dias, salvo mediante prévia autorização judicial, até que haja determinação em contrário, tudo sob pena de revogação do benefício.
Fonte: G1
