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Morte de gatos preocupa moradores em Sorocaba, SP

12 de agosto de 2010
3 min. de leitura
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Os gatos aparecem mortos sempre em um terreno abandonado. (Foto: Bruno Cecim/ Cruzeiro do Sul)

Os moradores do jardim Hebert de Souza, na Zona Norte de Sorocaba (SP), estão preocupados com o número de mortes de gatos no bairro. Somente nos últimos 10 dias cerca de 20 felinos morreram e foram jogados num terreno baldio próximo à rua Gino Stevan Ferreira.

Segundo os moradores, praticamente todos os animais foram envenenados, o que tem promovido especulações. Alguns dos vizinhos do terreno têm enterrado os bichos para evitar o odor da decomposição. Aos que têm animais domésticos, há preocupação em torno da mortandade.

A delegacia de Proteção Animal, que fica em Brigadeiro Tobias, irá investigar. Se houver comprovação de crime de crueldade, maus-tratos e morte de animais, o acusado pode até pegar pena de prisão.

De acordo com a aposentada Edna Aparecida Pascoto, de 61 anos, há pouco mais de uma semana tem aparecido gatos mortos no terreno próximo a sua casa. Como alguns vizinhos, ela tem enterrado esses animais. “Eu não sei o que está acontecendo. Mas acho que alguém está matando os animais. Acho que é por envenenamento, pois a aparência deles é sempre similar. E a pessoa ainda os joga sempre por aqui. Uma pena isso”, lamenta. “Tenho quatro gatos e cinco cachorros, todos bem cuidados e que graças a Deus não foram pegos porque são caseiros”.

A dona de casa ainda acrescentou que, diariamente, moradores da redondeza vão procurar animais domésticos desaparecidos no lixão. “As pessoas vêm aqui ver se encontram seus bichos. Uma tristeza só. Eu já enterrei oito deles, fora os que foram jogados em conteineres ou nas calçadas”, descreveu. Uma dessas pessoas é o mecânico Mário Silvestre, de 52 anos, que teve dois dos seus seis gatos mortos.” Encontrei o terceiro, Nicolas Silvestre, agonizando no forro da casa. Corri com ele na veterinária. Está internado. Vamos ver se ele se salva”, lamenta, e ainda teme pelos demais bichos, como Nina, sua gata mais velha. “Essa aqui é a mãe de todos os gatos. Gosto muito dela. Estou triste com essa situação, alguém que cria pássaros ou que tem maldade está fazendo isso. Só eu já enterrei cinco gatos, mas já encontrei uns oito mortos”.

Investigação

O delegado de polícia Marcos Rodrigues de Oliveira, do distrito policial de Brigadeiro Tobias, é um dos responsáveis pela delegacia especializada em crimes contra animais e soube ontem, pela reportagem, das ocorrências no jardim Hebert de Souza.

Segundo ele, a polícia civil abre inquérito sempre que há um registro de ocorrência, uma denúncia ou uma notícia sobre esse tipo de crime. “Precisamos, de alguma forma, ser avisados. Isso pode ser feito de várias formas e a pessoa denunciante pode ajudar com fotos dos animais ou apontando suspeitos”, informa.

De acordo com a autoridade, quando comprovada a crueldade, maus-tratos e violência contra o animal, a pessoa acusada, se condenada, pode até ser presa. “Esse tipo de ocorrência é registrada como crime ambiental e tem vários tipos de pena, entre elas a prisão”. O delegado afirma que as investigações serão levadas a cabo.

Fonte: Cruzeiro do Sul

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