Uma orca do parque marinho SeaWorld, em Orlando (EUA), morreu na segunda-feira por uma doença repentina, informou a direção, indicando ainda que uma investigação foi aberta.
A orca Kalina, uma fêmea de 25 anos que nasceu no SeaWorld de Orlando, onde também teve várias crias, mostrou sinais de doença na tarde de segunda-feira e morreu poucas horas depois, apesar de ter apresentado boa saúde nos dias anteriores.
“Será realizada uma necropsia, mas a causa de sua morte inesperada só será conhecida dentro de umas seis semanas”, informou o parque em um comunicado.
Especialistas condenam shows de cetáceos
Embora a rede SeaWorld advogue que a manutenção de baleias e golfinhos em confinamento e a realização de shows com animais seja uma forma de entreter e de educar audiências, especialistas afirmam que “as informações ecológicas transmitidas empalidecem diante do volume de comportamentos artificiais e mecânicos nos ‘shows’ com cetáceos.”
José Truda Palazzo Jr., fundador do projeto Baleia Jubarte e ex-membro da Comissão Internacional das Baleias, assegura que essas espécies são originalmente provenientes de um ambiente natural impossível de ser reproduzido num tanque, “tanto em tamanho físico, como em acústica, o que é seu mundo sensorial.”
Laerte Levai, promotor de Justiça em São José dos Campos (SP), especializado em direito ambiental, cita que “muitos cetáceos recém-capturados não se conformam com o cativeiro e se batem nas paredes dos tanques”.
Esses animais também morrem prematuramente no cativeiro, argumenta Cristiano Pacheco, diretor do Instituto Justiça Ambiental.
Com informações de AFP e Folha
Nota da Redação: Uma trágica e nada natural existência como um animal de circo acarreta a morte prematura de mais uma vítima das tentativas cruéis e incessantes de criar orcas para obter lucro. O cativeiro é o destino mais cruel imposto a esta espécie inteligente, socialmente complexa e oceânica. Ainda assim o SeaWorld continua a criar mais orcas com todos os riscos, sofrimento e mortes prematuras que ocorrem como consequência da ganância humana por lucros às custas da exploração de seres inocentes. Não existe ética quando se sujeitam baleias, golfinhos e toninhas a uma vida dentro de tanques e se permite que parques de diversão denominem tais práticas como preservadoras e educativas.