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Moradores e protetores do MS denunciam descaso público com animais abandonados

8 de maio de 2016
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Divulgação
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Moradores campo-grandenses e protetores de animais das diversas ONG’s da capital não estão satisfeitos com o tratamento dado pelas autoridades públicas aos animais abandonados. Segundo eles, não há um controle de natalidades dos animais domésticos. E quando os animais procriam e são jogados nas ruas, não há quem os recolha.

Em uma postagem no grupo do Facebook “Aonde Não Ir Em Campo Grande”, o construtor civil Wellington Zornitta, de 36 anos, denunciou que o CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) se recusou a recolher um grupo de gatos que viviam na rua para colocá-los para adoção. Ele encontrou cinco filhotes de gatos dentro de uma caixa na avenida Três Barras e os recolheu, porém não podia adotá-los.

“Eu liguei pra todas as ONGs e pro CCZ e ninguém podia pegar. Aí levei lá no CCZ segunda e eles foram bem mal-educados. Uma mulher falou que não era obrigação dela ficar com todos os animais que são encontrados nas ruas. Perguntei: ‘então o que que eu faço?’ ‘Olha, os animais que você vê na rua, você desvia e vai embora”, disse.

Segundo Wellington, ele ainda teria dito que os animais iriam morrer atropelados caso ninguém os tirasse das ruas, e recebeu uma resposta que o indignou. “Então deixa morrer”, disse a funcionária. Em entrevista ao jornal Midiamax, o CCZ reafirmou que não recomenda o recolhimento de animais abandonados “por pessoas não habilitadas”.

Os CCZ’s são unidades de saúde pública que têm como atribuição fundamental prevenir e controlar as zoonoses e devem desempenham suas funções através do controle da população de animais domésticos. Segundo o CCZ de Campo Grande, o órgão realiza o recolhimento de animais abandonados atropelados, para vigilância de raiva, e também os animais saudáveis mediante disponibilidade de espaço físico nos canis. Porém, atualmente o espaço está lotado.

A ONG Abrigo dos Bichos também não dispõe de estrutura física e financeira para recolher esses animais. É o que afirma a protetora Andreia Costa da Silva, que orienta as pessoas a mandarem fotos dos animais que estão para adoção na fanpage.

“Em Campo Grande a demanda de gatos é muito grande. Nenhuma ONG, seja estadual ou municipal, é capaz de recolher os animais. Porque tem custo com higiene, limpeza, ração, medicação…”, diz.

Fonte: Midia Max

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