(da Redação)
Não é segredo o fato de animais em circos viverem vidas muito diferentes das vividas por seus parceiros na vida selvagem. Eles são mantidos em jaulas, transportados de um lado para o outro, espancados e até mesmo privados de água e alimento, de modo a assegurar que irão executar as performances a que são obrigados. É uma existência terrível. Circos gostam de distorcer a realidade e afirmar que os animais são bem cuidados, e que a sua presença no circo é de fato um ato de preservação. Eles vão ainda mais longe, ao dizer que animais gostam de realizar performances pois elas são baseadas em comportamentos que eles teriam naturalmente em seu habitat.
Quando as pessoas vêem os animais sob a grande tenda com música alegre e luzes brilhantes, é compreensível que pareçam estar apreciando a performance. Afinal, naquele momento, os elefantes não estão tentando fugir, os tigres não estão atacando o treinador. Os animais parecem estar perfeitamente contentes ao saltar através de rodas de fogo ou ficar de pé sobre as patas traseiras. Somente quando examinados em comparação com seus semelhantes na natureza, pode-se entender que esse comportamento é resultado de anos de treinamento cruel. As informações são do One Green Planet.
Esses animais nunca iriam performar o que fazem no circo na vida selvagem, por qualquer razão – simplesmente por que não faz sentido. Por exemplo, em que situação um tigre andaria montado em um cavalo?
Quando olhamos para o quão absurdos seriam esses atos se realizados na natureza, torna-se óbvio que esses comportamentos são tudo, menos algo natural.
Na natureza, os tigres não saltam, muito menos por entre aros em chamas.
Ursos são criaturas tímidas por natureza e tendem a evitar humanos. No circo, eles são obrigados a essa exposição, onde também são vestidos em trajes ridículos, afrontando a sua dignidade.
O mesmo vale para elefantes de ponta cabeça (ou, vulgarmente falando, “plantando bananeira”). Não se encontra um único relato de qualquer elefante fazendo isso na natureza por vontade própria. Imagina-se, pelo contrário, o quão sofrido deve ser para um animal com esse porte e com um comportamento cauteloso – que é da sua natureza – ficar na posição vertical apoiado em sua própria cabeça.
Da mesma forma, os elefantes preferem estar em terra firme, não rolando em um barril.
Na vida selvagem, leões não dão passeios em arenas, e sim costumam correr em velocidades de 80 km/h. Tigres não giram em rodas; seus hábitos também são de correr, em média a 50 km/h. Ursos não andam de motocicleta – como são obrigados a fazer nos circos.
É bastante óbvio que essas performances chamadas “naturais” estão muito longe da definição verdadeira do que essa palavra significa. Treinar animais para realizar comportamentos bizarros e extravagantes em nome do entretenimento humano não só é prejudicial para os animais em si, como também atinge o conceito de preservação das espécies.
Quando as pessoas são levadas a acreditar que forçar um elefante para ficar em pé sobre um barril é algo que ajuda as espécies, elas cometem o grande engano de acreditar que, ao comprar um ingresso para o circo, estão fazendo a sua parte. Quem quer realmente ajudar os animais deve boicotar os circos que os exploram e conscientizar os seus amigos para que façam o mesmo.