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VIOLÊNCIA

Menino de 9 anos deixa cachorro em abrigo para salvá-lo de maus-tratos: "Não quero que meu pai bata nele"

27 de março de 2024
2 min. de leitura
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Foto: Reprodução/Facebook

Os voluntários do abrigo de animais Pergatuzoo, na cidade de Nicolás Romero (México), estão acostumados a receber cachorros abandonados. Mas um cãozinho, em específico, deixou uma memória especial. No dia 6 de março de 2020, acolheram um animal acompanhado de um bilhete escrito por uma criança.

“Deixo o Simon, é o meu cachorro. Não quero que meu pai bata nele, ele chora muito porque não tem comida. Deixo minhas economias para comprar sua ração. Não o levem, quando eu crescer eu volto para pegá-lo”, dizia a carta.

O bilhete não estava assinado e nem trazia nenhum tipo de pista de quem poderia ser o autor. Foi quando os voluntários da ONG decidiram publicar a história nas redes sociais para tentar localizar o tutor do cachorro. A publicação teve mais de 7 mil curtidas e 4 mil compartilhamentos.

O esforço em tentar localizar a criança que escreveu a carta deu certo. Na última segunda-feira (25), quatro anos depois, a ONG voltou a falar sobre o caso. “Para quem ainda nos pergunta sobre o Simon, ele está muito bem, continua elétrico e muito brincalhão. Seu tutor o visita sempre e esperamos que logo possam estar juntos novamente”, diz uma publicação nas redes sociais.

Foto: Reprodução/Facebook

Agora, o menino tem 13 anos e visita sempre que pode seu cachorro no abrigo. Ainda que a ONG continue sendo responsável pelos cuidados com o animal, o tutor continua deixando dinheiro para que os voluntários possam continuar cuidando do cão.

Em outra publicação, Pergatuzoo disse que, durante esse tempo todo, o menino nunca deixou de visitar o animal e de tentar ajudar financeiramente com as despesas. Ele continuou escrevendo cartas e mantendo contato com os voluntários.

“Simon, vim te visitar, mas um senhor me disse que não tinha ninguém. (…) Eu volto logo”, escreveu em uma carta. Em outro, ele justifica para a cãozinho a sua ausência. “Oi, Simon! Não posso ir te ver porque meu pai não me deixa sair de casa. Te mando três pesos, meu pai não tem trabalho. Comporte-se e sinto sua falta”, disse em um dos bilhetes.

Fonte: Revista Crescer

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