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Medida inovadora contra caça de animais no Quênia

15 de setembro de 2013
3 min. de leitura
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(da Redação)

Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

Câmeras já têm sido usadas há algum tempo para que as pessoas possam ter uma visão de animais selvagens em seus habitat naturais, visão esta que muitas vezes não seria possível de outra forma. Mas agora as mesmas câmeras deverão ser usadas para proteger os animais de espécies mais ameaçadas de extinção. As informações são da Care2.

Imagens em tempo real de espécies raras e ameaçadas estão sendo disponibilizadas a espectadores como parte do projeto Instant Wild, resultado de uma parceria entre a Zoological Society of London (ZSL), a Cambridge Consultants e o Kenya Wildlife Services (KWS).

Graças em parte a uma generosa gratificação do Global Impact Awards recebida pela ZSL do Google recentemente, as três organizações puderam se uniram para criar um novo sistema que ajude a rastrear animais de espécies em risco em partes remotas do mundo e protegê-los de caçadores.

O monitoramento será feito por um sistema de câmeras sensíveis a movimento e conectadas a uma rede de satélite Iridium – o único sistema comercial de satélite com total cobertura sobre a Terra – juntamente com um aplicativo iOS.

Não é algo de operacionalização fácil e exigirá muito trabalho. Equipes terão de lidar com problemas desde ter que sair para trocar baterias, obter e gravar imagens em tempo real, tirar fotos no escuro e colocar câmeras em pontos que não forneçam pistas para caçadores. As câmeras resultantes serão geridas por microcomputadores que funcionarão com uma única bateria por um longo tempo. Um flash de LED permite que as câmeras tirem fotos à noite e são resistentes o suficiente para suportar um abalo, tanto do tempo quanto da vida selvagem.

Como resultado dessa empreitada, pessoas de todo o mundo poderão ficar de olho na vida selvagem ao acessar estas imagens via aplicativo ou por um site, o que ajudará as equipes que estarão monitorando as imagens a analisarem dados mais rapidamente. As câmeras também terão por objetivo detectar caçadores, particularmente aqueles que estiverem buscando matar espécies como rinocerontes e elefantes, e as imagens servirão de evidência para processos judiciais. De acordo com a ZSL, um rinoceronte é morto a cada hora na África devido à demanda por seus chifres.

“As câmeras serão capazes de transmitir instantaneamente aos guardas as imagens de intrusos no parque”, disse Richard Traherne, chefe da divisão wireless da Cambridge Consultants, ao Jornal Mashable. “A ZSL está investigando opções para que, em um futuro próximo, se consiga detectar veículos a partir de vibração e o som de armas de fogo por triangulação, de modo que os guardas possam identificar a posição de caçadores e intervir imediatamente. Os equipamentos usam flash infravermelho, pios a luz branca assustaria os animais ou faria com que os caçadores percebessem a sua presença.

Os idealizadores estão começando a implantar o projeto no Parque Nacional de Tsavo, no Quênia, mas têm planos para expandir para outras áreas remotas incluindo Sri Lanka, Indonésia e polo Sul assim que o sistema estiver funcionando, “positivo e operante”.

“Essa tecnologia irá nos possibilitar um avanço significativo no nosso trabalho diário com espécies ameaçadas. Atualmente nós gerenciamos cerca de 8% da terra total do Quênia – e estas câmeras serão cruciais em nos ajudar a monitorar o bem-estar dos animais e assegurar que seus habitats continuem protegidos de caçadores. Através do nosso trabalho com a ZSL e a Cambridge Consultants, temos por objetivo elevar a conscientização quanto à vulnerabilidade das espécies e os riscos que enfrentam todos os dias”, disse Patrick Omondi, vice-diretor de Preservação da Vida Selvagem na KWS.

Quem estiver interessado em conhecer o projeto pode encontrar informações no Instant Wild  ou fazer o download do aplicativo iOS na loja iTunes .

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