Na última terça-feira, 16, defensores dos direitos animais solicitaram ao Conselho Municipal de Bainbridge, no estado da Geórgia (EUA), o bloqueio dos planos da empresa Safer Human Medicine de construir um complexo que abrigaria até 30 mil macacos-cinomolgo. Os animais seriam vendidos para universidades e empresas farmacêuticas para serem usados como cobaia em pesquisas médicas.

A Safer Human Medicine é liderada por executivos que trabalharam anteriormente para duas outras empresas que fornecem animais para testes médicos. Uma dessas empresas, a Charles River Laboratories, foi investigada no ano passado por obter macacos selvagens contrabandeados do Camboja, além de ter proposto uma instalação semelhante no Condado de Brazoria, no Texas, que foi interrompida pela oposição local.

O alojamento de Bainbridge pretende fornecer uma fonte doméstica de macacos para compensar as importações, afirmou a empresa. Pesquisadores médicos usam os animais para testar remédios antes dos testes em humanos e para pesquisar doenças infecciosas e condições crônicas como distúrbios cerebrais.

O grupo de direitos animais PETA, e alguns moradores da região temem a possibilidade de macacos escaparem para a comunidade, entre outros danos. Lisa Jones-Engel, assessora científica da organização em experimentação com macacos, disse que há um risco de que as pessoas sejam expostas a doenças.

Infelizmente, em dezembro oficiais locais concordaram com isenções de impostos sobre a propriedade para o projeto, dispensando-os pelos primeiros 10 anos e depois diminuindo gradualmente as isenções de impostos até que terminem após 20 anos.