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Mais de mil bois e vacas são deixados na lama sob risco de morte em Minas Gerais

11 de fevereiro de 2022
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Foram detectados animais com baixo escore corporal, claudicação severa, hiperplasia interdigital e cochos secos, sendo que 40 deles corriam risco de morte (Foto: Reprodução/Redes sociais)

Mais um caso de bois e vacas abandonados à própria sorte voltou a chamar a atenção. Dessa vez foram 1.050 animais deixados expostos à chuvas, frio, calor, radiação solar e altos níveis de lama, o que facilita a penetração de bactérias pelas partes mucosas. Esse foi o cenário identificado após trabalho técnico veterinário onde os animais vive, alguns com risco de morrer, na zona rural de Uberaba, no Triângulo Mineiro.

A Polícia Militar Ambiental classificou a prática como maus-tratos e conduziu a proprietária do sítio à delegacia nessa quarta-feira (09).

De acordo com o Estado de Minas, os policiais ambientais constataram, ainda, que o local onde os animais estavam confinados está em área de preservação permanente e reserva legal e, além disso, a propriedade não está devidamente licenciada para a criação de bois e vagas em regime de confinamento.

A atividade desenvolvida, segundo a PM, impede e dificulta a regeneração de florestas e demais formas de vegetação em 0,8 hectares de área de preservação permanente (margens do córrego dos Linos e do rio Uberaba), um hectare de reserva legal e 2,5 hectares de área comum.

A proprietária foi multada em R$ 2.385 e se comprometeu a prestar auxílio médico veterinário imediato a 40 animais que, devido aos maus-tratos, correm risco de morte. Tendo em vista a dificuldade na logística para o transporte e acondicionamento, os animais ficaram sob custódia da autuada.

De acordo com o registro policial, após a realização dos trabalhos técnicos de uma médica veterinária, juntamente com um auxiliar, foi constatado que o ambiente que os animais estavam inseridos é inadequado, já que apresenta níveis preocupantes de lama, o que propicia a aparição de doenças.

Também foram detectados animais com baixo escore corporal, claudicação severa (quando o animal não possui circulação sanguínea suficiente nos membros de locomoção), hiperplasia interdigital (enfermidade que acomete o espaço entre os dígitos dos bois e vacas, com proliferação de tecido) e cochos secos.

Os animais estavam expostos a chuvas, frio, calor e sol, o que situação de estresse em vários deles. Diante de todo esse cenário, o laudo do médico veterinário apontou o crime de maus-tratos contra os animais.

No dia 3 de fevereiro, a PM Ambiental já havia recebido a denúncia de maus-tratos no local. Segundo o registro policial, feito naquela data, haviam sido constatadas aproximadamente mil animais confinados em pasto de terra molhada e pastosa, mas com alimentos e água.

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