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EXPLORAÇÃO

Mais de 500 cães são mantidos em condições degradantes em fábrica de filhotes

Animais eram alimentados com comida mofada

8 de novembro de 2021
Beatriz Silva | Redação ANDA
3 min. de leitura
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Foto: KCCI/Daily Mail

Em Iowa, nos Estados Unidos, um criador de filhotes está sendo acusado criminalmente de manter os cães de sua fábrica de filhotes em condições insalubres. De acordo com o DailyMail, os animais não estavam recebendo alimentação adequada, água, além da falta de assistência veterinária, vivendo em condições nada higiênicas. O homem concordou em entregar os mais de 500 cães, que serão levados para novos abrigos.

Cães também foram encontrados mortos, feridos e desnutridos em seis das fábricas de Daniel Gingerich. Ele já havia acumulado mais de 100 violações da legislação do Animal Welfare Act. Até agora, já foram resgatados mais de 200 animais dos 514, através do trabalho conjunto feito pela organização ASPCA, que combate crimes contra animais, e a ARL, uma organização de resgate animal.

Foto: Situação foi encontrada em 6 fábricas.

No mês de setembro, foi registrada uma queixa e o Departamento de Justiça descreveu a situação em que viviam os animais. Além de camas infestadas de insetos, o teto da fábrica também estava vazando.

Os investigadores encontraram um poodle enjaulado que estava ganindo e latindo, um filhote de golden retriever com o corpo frio e sem gordura, com músculos encovados, e um cão da raça shepard australiano, que estava com dentes de cor marrom, unhas crescidas, e andando por entre urina e fezes.

Cão encontrado em uma das fábricas. | Foto: ASPCA

Durante a investigação em agosto, também foram encontrados filhotes desnutridos e com falta de ar, e animais que estavam tomados pelas pulgas e comendo alimentos mofados. As camas dos animais estavam cobertas de mofo e sujeira, e o dono da fábrica também teria ocultado os cães que necessitavam de ajuda veterinária, os escondendo nas baias sujas.

514 animais foram encontrados na fábrica de filhotes. Os animais serão encaminhados para atendimento veterinário e depois para abrigos. | Foto: ASPCA

Segundo uma organização de resgate, 13 cães vendidos da fábrica de Gingerich foram encontrados em péssimas condições. A organização ASPCA criticou o USDA, órgão responsável pela fiscalização dos criadores de animais, visto que Gingerich recebeu deles a licença para criação em 2019. O USDA foi processado pela ASPCA, por não aplicar o que está no Animal Welfare Act.

O consultor jurídico sênior da ASPCA, Robert Hensley, diz que a situação da fábrica de filhotes é um resultado previsível da USDA. A American Society for the Prevention of Cruelty of Animals investiga a fábrica de filhotes desde março, e durante os 6 meses de investigação, descobriram que Gingerich já havia violado o Animal Welfare Act por 120 vezes.

Animais não receberam cuidados veterinários e viviam em meio a sujeira. | Foto: ASPCA

Em 14 de outubro, os animais começaram a ser removidos do local, sendo resgatados 200 em apenas um dia. Segundo Tom Colvin, o CEO da Animal Rescue League of Iowa, graças a investigação, a luz agora brilha sob os maus atores dentro da indústria de criação de cães.

Outros animais foram descobertos em outras fábricas. Entre os cães, há animais de raças como Toy Aussies, Cocker Spaniels, labradoodles, pomsky e também goldendoodles. A ASPCA e ARL confiscaram 33 animais de uma dessas fábricas, e os cães resgatados vão receber tratamento veterinário antes de irem para abrigos.

No caso de Gingerich, o dono da fábrica assumiu a responsabilidade e concordou em parar com a criação e a venda dos cães.

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