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Mais de 100 cachorros são resgatados de uma fábrica de filhotes

6 de dezembro de 2010
3 min. de leitura
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Por Camila Arvoredo  (da Redação)

Na clínica Neuter voluntários retiram filhotes de um trailer, depois de operação realizada na fazenda de filhotes (Créditos foto: Patrick Craig / IDS)

Quando Sara Varsa entrou numa casa na quarta-feira em Bloomfield, Indiana, nos EUA, ela não ficou chocada com o que viu: pilhas de gaiolas de arame com cachorros adultos e filhotes amontoados e em péssimas condições de higiene, conforme reportagem do jornal “Indiana Daily Student”.

Mas estes não eram animais de estimação que estavam sob a tutela do proprietário do local, disse Varsa, diretora delegada dos serviços de emergência para a sociedade humana dos EUA (“Emergency Services for the Humane Society of the United States”). Eles eram dinheiro.

Varsa, com outros membros da HSUS e outras organizações de resgate animal, estava na residência de Darlene Clark, proprietária do negócio “Ame meus bichos”  (“Love My Pets”), para confiscar os 113 cachorros que ela usava para criar e vender.

Uma investigação feita pelo escritório geral de procuradoria de Indiana (“Indiana Attorney General’s Office”) descobriu que Clark devia aproximadamente $294,293 de impostos de venda de cachorros e filhotes que ela criava.

Visto que Clark não podia pagar os impostos para o governo, Indiana tinha a autoridade legal para apreender o estoque do negócio, o que neste caso era composto por cachorros.

Clark está sob uma ordem judicial provisória que a previne de continuar o seu negócio, disse Andrew Swain, conselheiro-geral da divisão de rendimentos do escritório da procuradoria geral (“Revenue Division of the Attorney General’s Office”). Haverá uma audiência no dia 7 de dezembro para tornar a ordem permanente., disse Swain.

”A lei não dá brechas para a Corte quando alguém deve impostos”, ele disse. “A ordem judicial se tornará permanente até que tudo seja pago”. A sonegação de impostos é um delito comum em Indiana.

O “relações públicas” do escritório geral da procuradoria de Indiana Bryan Corbin disse que a investigação começou em junho quando dois consumidores se queixaram de ter comprado um filhote da raça carlindogue por $500 sem ter recebido nota fiscal.

Corbin disse que eles noticiaram que o filhote estava doente e embora os clientes tenham gastado $2,986 com contas veterinárias, o animal logo morreu de complicações de pneumonia, doença de carrapato e coccidia, uma infecção contraída quando cães ingerem matéria fecal.

Varsa disse que as condições em que os cães foram encontrados eram tipicamente aquelas encontradas em criadouros nomeados de “fazendas de produção de filhotes”.

“Estes animais eram bem alimentados, mas não havia nenhum tipo de qualidade de vida para eles”, ela disse.

Varsa disse que baratas se espalhavam por todos os lados da propriedade e Anne Sterling, diretora para o HSUS, disse que alguns cachorros estavam cobertos de fezes.

Sterling disse que quando sua equipe chegou à propriedade, eles começaram a avaliar a situação logo em seguida.

“Nós estávamos mais preocupados com a saúde e a segurança dos animais”, disse Sterling, “e procurávamos ver se havia necessidade médica imediata”.
Justin Scally, responsável pela operação de resgate da fazenda de filhotes para a HSUS, disse que somente um casal de cachorros foi levado para um estabelecimento médico permanente, ao invés de terem ido para um abrigo temporário, montado para cães que estivessem em melhores condições.
James McNamra, diretor executivo do “Castração de animais/Clínica Neuter em Boomington” (“Pets Alive Spay/Neuter Clinic in Bloomington”), abriu o espaço de sua clínica para os animais resgatados da fazenda.

Sterling disse que depois de passar por um “check-up” completo na veterinária, todos os cachorros serão distribuídos em abrigos existentes em Indiana, para serem adotados.

Varsa disse que para esta situação ficou evidente que os animais eram puro lucro e não animais de estimação.

“Se o proprietário estava caminhando pelo estabelecimento”, ela disse, “ele estaria olhando para símbolos de dólares e não para animais”.

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