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Mãe de cantora vítima de acidente com coiotes protesta contra o injusto sacrifício destes animais

3 de novembro de 2009
2 min. de leitura
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Por Karina Ramos (da Redação)

Taylor Josephine Stephanie Luciow, uma promissora cantora de folk de 19 anos, de Toronto, que se apresentava com o nome artístico de Taylor Mitchell, foi atacada por dois coiotes enquanto estava viajando de carona pelo Parque Nacional Cape Breton Highlands, um dos principais destinos turísticos da parte oriental do Canadá. Ela morreu na noite de terça-feira (27/10) em Halifax, para onde teve de ser levada de avião para receber tratamento.

A reação da inconsolável mãe da garota foi, talvez, pouco comum: Emily Mitchell declarou às agências de notícias e pediu às autoridades que poupem os coiotes envolvidos no ataque.

“Nós assumimos um risco calculado quando passamos um tempo na natureza – é o terreno da vida selvagem. Quando decidiram matar os coiotes, claramente ouvi a voz de Taylor dizendo ‘Por favor, não deixe fazerem isso. Esse é o espaço deles.’ Ela não gostaria que eles fossem mortos, principalmente sabendo que tivesse sido por causa dela.”

Mesmo antes dessa declaração, um oficial de conservação de Parks Canada já havia matado um coiote que estava mostrando “comportamento agressivo”. E um policial que prestou ajuda à Taylor achou que atirou e feriu um segundo coiote.

Ataques de coiotes a humanos, mesmo os menos graves, são raros. Chip Bird, o superintendente de campo de Parks Canada, disse que em seus 30 anos de serviço nunca havia visto um ataque grave até este da semana passada. Apenas havia tido um caso, seis anos atrás, de mordida de coiote no braço de um homem no parque.

A trilha onde o ataque ocorreu ainda estava fechada até ontem (1/11) à tarde, e uma equipe de Parks Canada continuava a estudar os coiotes da área, aproximadamente cinco animais.

O Senhor Bird disse que não descartaria a morte de coiotes, se houvesse novos casos de animais “agressivos”. Apenas declarou que o desejo da mãe da menina deveria ser honrado.

“Realmente temos muita simpatia por sua perspectiva”, ele disse. “Não estamos aqui conduzindo um abate geral”.

Fonte: The New York Times

Nota da Redação: O animal tem todo o direito de utilizar os seus instintos para se defender da invasão humana, que, para eles, é entendida como uma ameaça à sua sobrevivência. O homem é que deve ser responsável por não causar impactos sobre os habitats naturais desses animais e agir sempre eticamente, zelando pelo bem-estar e preservação de todas as formas de vida. As vítimas, neste caso, são os coiotes, que sofreram e sofrem diante da fome de domínio e destruição dos seres humanos.

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