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Litoral da Bahia recebe mamíferos e aves que fazem migração

18 de julho de 2015
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Alguns mamíferos chegam debilitados e requer cuidado na manipulação
Alguns mamíferos chegam debilitados e requer cuidado na manipulação

Algumas espécies de mamíferos aquáticos e aves marinhas podem visitar a costa baiana até setembro. Esse fenômeno, que tem início no mês de junho, deve ser assistido para que os animais tenham os cuidados devidos. E também para evitar a proliferação de doenças virais, como a H1N1, alertam os especialistas.
De acordo com a médica veterinária do Instituto Mamíferos Aquáticos (IMA), Joana Ikeda, as aves marinhas, principalmente, quando encontradas, devem ser manuseadas com cuidado. “As aves marinhas, como os petréis, migram por milhares de quilômetros em um ano. E com elas vêm os vírus.
Além de uma possível transmissão de doenças, elas podem morrer de estresse. O ideal é, com luvas nas mãos, colocá-las em uma caixa e ligar para Guarda Municipal (tel. 3202-6000) ou para IMA (tel. 3461-1490)”, orienta.
Ainda segundo a veterinária, os pinguins também estão de passagem pelas praias do litoral baiano. Em 2008 foram encontrados 1.600 deles. “A espécie encontrada no Brasil é da Patagônia, na Argentina, onde vive em colônias e chega a viajar por cerca de cinco mil quilômetros até a Bahia”, explica a especialista.
Vulnerabilidade
Aqui, conforme Ikeda, os animais procuram terra firme para se aquecer, pois quando ficam sujos de óleo ou debilitados por alguma doença, a temperatura do corpo cai. No dia 3, foi encontrado um pinguim na praia de Massaranduba, na Cidade Baixa. “Infelizmente, ele não resistiu e morreu dez dias depois. Estava sujo de óleo e muito abaixo do peso, com 1,7 kg. O mínimo para liberarmos o animal é quando ele está com 2,5 kg. Um animal desse chega a 4 kg”, disse Joana.
A veterinária ressalta que estes animais podem sofrer com o frio. Por isso, não devem ser colocados em geladeiras, freezers ou caixas com gelo. Basta acomodá-los em caixas de papelão forradas com jornal e acionar os órgãos competentes. Cinco lobos-marinhos, quatro lontras e duas aves marinhas estão em recuperação na sede do IMA, em Pituaçu.
Os lobos, segundo Ikeda, não podem ser devolvidos ao mar. “Todos estão cegos. Provavelmente, devem ter se enroscado em rede de pesca. Só devolvemos à natureza quando estão em condições de viver nela”.
A fêmea de lobo-marinho, logo ‘batizada’ de Zuca, descansava à sombra. Joana Ikeda conta que Zuca, aos oito anos, chega a comer de 7 a 8 kg de peixe por dia. “Na fase adulta, consome de 4% a 6% do seu peso por dia. Pode chegar a comer 12 kg por dia se pesar em média 250 kg”, finaliza Joana.
Fonte: A Tarde

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