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Lei da PB reconhece vaquejada como esporte e gera revolta nas redes

23 de janeiro de 2015
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Ativista Luiza Mell usou página em rede social para criticar publicação da lei da Paraíba (Foto: Reprodução/Facebook)
Ativista Luiza Mell usou página em rede social para criticar publicação da lei da Paraíba (Foto: Reprodução/Facebook)

Uma lei estadual publicada na quarta-feira (21) no Diário Oficial do Estado da Paraíba reconheceu a vaquejada como um esporte no âmbito estadual. A norma estadual n° 10.428, de autoria do deputado Doda de Tião (PTB), gerou uma onda de protestos e repúdio nas redes sociais por parte de ativistas e ONGs que lutam pela defesa dos animais.

A ONG Harmonia dos Protetores Independentes dos Animais (Harpia) foi uma das primeiras instituições a vir a público repudiar a lei sancionada no dia 20 de janeiro pelo presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba, Ricardo Marcelo (PEN). Em uma postagem em uma rede social no dia 21 de janeiro, a ONG ressaltou que “é dever do Poder Público a preservação/proteção da fauna, não pode este tolerar (omissão) e, muito menos ‘autorizar’ (ação), ainda que por lei, atividade de atentado à fauna”.

Montagens foram compartilhadas pelas ONGs que defendem os animais foram compartilhadas nas redes sociais (Foto: Reprodução/Facebook)
Montagens foram compartilhadas pelas ONGs que
defendem os animais foram compartilhadas nas
redes sociais (Foto: Reprodução/Facebook)

A página da Harpia na rede social ainda compartilhou fotos afirmando que a prática de vaquejada não pode ser considerada cultura, uma vez que promove a tortura dos animais. A famosa ativista da defesa dos animais, Luiza Mell, também utilizou a rede social para demonstrar consternação com a publicação da lei estadual. A ativista paulista, que também é atriz e apresentadora, comentou na sua página na rede social que estava muito triste com a decisão do poder legislativo paraibano sancionar um lei que reconhecia a vaquejada como um esporte.

“Para quem não sabe, a vaquejada é um dos ‘esportes’ mais cruéis que existem. Ela consiste em aterrorizar um filhote de boi ou um boi jovem, normalmente com choques e surras para que ele corra desesperadamente por uma arena, enquanto um peão sobre um cavalo tem que encurralar ele e derruba-lo puxando violentamente o rabo. Muitas vezes, o boi não consegue nem se levantar mais após a violenta queda que causa fraturas e não raramente, morre”, postou a ativista.

Maribel Amengual, secretária da ONG Amigo Bicho em João Pessoa, comentou que as ONG que lutam pela proteção dos animais devem ser reunir para formalizar uma investida contra a lei. Ela aproveitou para criticar a postura dos parlamentares paraibanos. “Esse tipo de lei chega a ser uma piada, Fazem do animal uma atração. Farra de boi, rodeio, vaquejada, tudo isso já era para ter sido extinto há muitos anos, não só no brasil, mas outros países também. Em nome do dinheiro o empresariado não se importa com o bem-estar do animal”, desabafou.

Lei foi sancionada pelo presidente da ALPB no dia 20 de janeiro e publicada no dia 21 (Foto: Reprodução/Diário Oficial)
Lei foi sancionada pelo presidente da ALPB no dia 20 de janeiro e publicada no dia 21 (Foto: Reprodução/Diário Oficial)

As ONGs paraibanas de proteção de animais vão se reunir e definir a próxima ação de repúdio à lei, segundo Maribel Amengual. Ainda segundo a ativista da ONG Amigo Bicho, um protesto em via pública e um abaixo-assinado devem ser promovidos. “Pedimos que a população que não compactue com esses eventos, que não comparecem, não dêem dinheiro a esse tipo de show de horror”, clamou Maribel.

Por sua vez, o presidente da Federação Paraibana de Parques de Vaquejadas, Arthur Freire, ressalta que existe um regulamento técnico que define normas para prezar pela integridade física dos animais. “Quem fala é porque não tem conhecimento. Temos todo um cuidado para proteger os animais. A pista, por exemplo, tem que ter uma espessura mínima de 20 centímetros e é proibido o uso pelos vaqueiros de qualquer equipamento cortante ou pontiagudo”.

Fonte: G1

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