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Leão selvagem mais velho do mundo é morto por pastor de vacas no Quênia

Loonkito, um icônico macho de 19 anos, morreu após ser atingido por lanças atiradas por guerreiros do povo Maasai Morans depois de se perder

13 de maio de 2023
Redação ANDA
2 min. de leitura
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Leão selvagem mais velho do mundo é morto por um pastor no Quênia. Foto: TONY KARUMBA / AFP / Arquivos

Um leão queniano que se acredita ser o mais velho do mundo em estado selvagem morreu após ser alvejado por pastores, disseram autoridades da vida selvagem nesta sexta-feira (12/05). Loonkito, um icônico leão macho de 19 anos, foi morto por lanças atiradas por guerreiros do povo Maasai Morans depois de se perder em um cercado de bois e vacas nos arredores do famoso Parque Nacional Amboseli, disse à AFP o porta-voz do Serviço de Vida Selvagem do Quênia (KWS), Paul Jinaro.

“Era um leão velho que tinha problemas […] Um leão normal iria para a vida selvagem dentro do parque”, disse Jinaro.

Os leões africanos normalmente têm uma vida útil de até 18 anos na natureza, de acordo com o grupo de conservação Cats for Africa. A KWS, em 2021, descreveu Loonkito como um “lendário grande felino guerreiro” que defendeu seu território por mais de uma década. O grupo de conservação Lion Guardians elogiou Loonkito como “um símbolo de resiliência e coexistência”.

“É com pesar que compartilhamos a notícia da morte de Loonkito (2004 – 2023), o leão macho mais velho em nosso ecossistema e possivelmente na África”, disse a organização sem fins lucrativos no Facebook.

Relatos de animais selvagens entrando em habitats humanos no Quênia aumentaram nos últimos anos, à medida que os eles estão sob pressão crescente das cidades que se expandem para áreas antigas de migração e caça.

“As pessoas precisam ser sensibilizadas para procurar uma maneira de nos alertar e então podemos levar os animais de volta aos parques”, disse Jinaro, funcionário do KWS.

Em julho de 2021, um leão causou pânico depois de se afastar de seu habitat no Parque Nacional de Nairóbi para um bairro lotado durante a hora do rush matinal. O parque fica a apenas 7 km do centro da capital do Quênia, e incidentes de animais escapando das planícies gramadas e vagando pela caótica metrópole de mais de quatro milhões de pessoas não são inéditos.

Em dezembro de 2019, um leão matou um homem do lado de fora do parque, enquanto em março de 2016 outro animal foi morto a tiros após atacar e ferir um morador próximo. Apenas um mês antes disso, em fevereiro de 2016, dois leões passaram um dia vagando por Kibera, uma favela densamente povoada da cidade, antes de retornar ao parque, e dias depois mais leões foram vistos na cidade.

Estima-se que existam 2.500 leões no Quênia, de acordo com o primeiro censo nacional de vida selvagem do país, realizado em 2021.

Fonte: O Globo

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