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Juiz sentencia brasileiro que participou de rinha de canários

6 de janeiro de 2010
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O brasileiro Jurames Goulart, 42, dono da casa em Shelton, Connecticut, onde foi descoberta uma rinha de canários, foi condenado no dia 29 de dezembro último a 18 meses de liberdade condicional. Ele é um dos 19 brasileiros acusados de crueldade com animais.

Segundo o New Haven Register, o brasileiro assumiu a culpa na acusação de crueldade com animais, ofensa criminal não considerada grave. De acordo com a sentença do juiz Burton Kaplan, da Corte Superior de Derby, Jurames pode pegar até 6 meses de prisão, caso viole a liberdade condicional. Ainda de acordo com o juiz, o brasileiro está proibido de tutelar pássaros.

Os pássaros apreendidos na batida serão encaminhados para uma residência permanente. Enquanto isto não acontece, Jurames deverá pagar $1.200 ao Departamento de Agricultura para prover as despesas de alimentação e cuidados com os canários. De acordo com o juiz Kaplan, a corte está levando em consideração o recorde criminal limpo de Jurames.

Durante a batida ocorrida em 26 de julho último, Jurames teria se trancado em um quarto, quando a polícia chegou. Ele é acusado de aposta ilegal, além de crueldade com animais. Segundo a polícia, foram apreendidos cerca de 150 pássaros. Quem chegava fazia as apostas para assistir aos animais brigarem. Na garagem da casa havia várias gaiolas. Cada uma delas continha dois canários, os quais já eram preparados quando a briga estava por começar.

A polícia descobriu a rinha de canários depois de receber uma denúncia. Segundo o promotor John Kerwin, havia homens na entrada do estacionamento trocando dinheiro. “Os pássaros perdiam os olhos ou ficavam com outros ferimentos durante as brigas”, segundo o promotor.

“Preparo físico” para as lutas

Segundo a esposa de Jurames, Maria Goulart, as rinhas de canário eram realizadas na casa há cerca de 4 anos. Ainda de acordo com ela, os pássaros ganhavam alimentos com alto teor de proteína para dar energia, além de medicamentos para ficarem hiperativos. Maria disse ainda que alguns pássaros chegavam a morrer depois das brigas.

De acordo com o advogado de defesa de Jurames, John Gulash Jr., o acordo para a pena de seu cliente resultou de longas negociações. Segundo ele, o brasileiro entendeu a gravidade da questão. “Ele tem filhos e é muito trabalhador. Seu irmão foi deportado por isto, e ele está pagando restituição”, disse o profissional, complementando que a Corte sentiu que Jurames é um candidato apropriado à sentença imposta.

A presidente da Friends of Animals, Priscilla Feral, gostaria de ver uma multa maior, embora esteja satisfeita que ainda exista uma multa. “Deveria ser uma multa cara”, disse ela, tachando a atividade de cruel. Além de Elito, outro brasileiro foi deportado em consequência da prisão.

A maioria dos brasileiros presos foi enquadrada num programa de reabilitação acelerada. Se eles completarem o programa com sucesso, terão as acusações diminuídas. Para cumprir o programa, os acusados precisam realizar serviços comunitários.

Fonte: Comunidade News

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