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LINDO GESTO

Jovem negra adota pit bull para ajudar a combater o preconceito e fomentar a diversidade

16 de fevereiro de 2024
Redação ANDA
4 min. de leitura
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Foto: Kassidi Jones

Kassidi Jones encontrou em Ginger, uma adorável cachorrinha, mais do que uma companheira fiel – ela viu uma amiga que compartilhava uma personalidade tímida, determinada e repleta de amor. No entanto, conforme os meses passavam, Jones e Ginger enfrentaram desafios que iam além da doçura inata da peluda.

Desde os primeiros dias juntos, Jones e Ginger se tornaram inseparáveis, desfrutando de brincadeiras diárias em casa e no parque local, além de caminhadas regulares pela vizinhança. Contudo, à medida que Ginger crescia e se transformava de filhote a adulto, Jones notou uma mudança na maneira como eram percebidas pelo público.

Foto: Kassidi Jones

O estigma associado à raça de Ginger, rapidamente identificada como uma pit bull, começou a afetar as interações do duo durante seus passeios diários. As reações incluíam pessoas cruzando a rua para evitar o encontro ou comentários obscuros, alimentados por estereótipos prejudiciais.

Jones, que nunca considerou a raça ao adotar Ginger, viu-se desanimada diante dessas situações, reconhecendo paralelos entre as reações às aparências dela e de Ginger. Como mulher negra, Jones compreende bem as consequências do julgamento baseado na aparência e percebeu que, juntas, enfrentavam discriminação agravada.

“Eu sei o que é ser rotulado como intimidador ou agressivo só por causa da minha aparência”, compartilhou Jones. “E, desde os anos 80 e 90, algumas pessoas associaram pit bulls ao crime e à violência… então nós dois juntos significamos verdadeiros problemas para algumas pessoas.”

As interações negativas não apenas entristeciam Jones, mas também afetavam o humor de Ginger, cujas emoções eram expressas claramente em seu rosto. Diante dessas experiências, Jones decidiu iniciar uma jornada de educação pública sobre o racismo no mundo dos animais de estimação.

Criando conteúdo informativo sobre a defesa anti-racista dos animais no Instagram, Jones procura quebrar estigmas impostos aos pais negros de animais de estimação, especialmente quando associados a raças percebidas como agressivas. Ela busca, através de seu esforço online, fornecer ferramentas para todos se tornarem defensores anti-racistas dos animais.

Foto: Kassidi Jones

Apesar dos desafios, Jones encontrou apoio e comunidade em grupos como Black Women Love Dogs, onde compartilha experiências com outros pais negros de animais domésticos. A educação sobre o racismo no mundo dos animais pode ser uma tarefa árdua, mas Jones permanece dedicada a causar um impacto positivo.

Ginger e Jones, apesar das adversidades, continuam desfrutando de dias alegres juntas. Sempre que se sentem incompreendidas pela comunidade, encontram conforto no vínculo sólido que compartilham. “Ela é uma lovebug, eu sou uma lovebug e acho que somos uma combinação perfeita”, reflete Jones. “Eu não poderia imaginar a vida sem ela.”

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