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SANTA CATARINA

Jacarés decapitados em reserva florestal foram vítimas da ação humana

23 de novembro de 2021
Vanessa Santos | Redação ANDA
2 min. de leitura
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Foto: Reprodução | UOL

Um crime cometido contra dois jacarés-de-papo-amarelo, que foram encontrados sem cabeça e sem cauda em uma área de preservação ambiental próxima à Universidade Federal de Santa Catarina, teve o inquérito concluído.

O Instituto Geral de Perícias de Santa Catarina (IGP-SC) confirmou ontem (22) que a decapitação de dois jacarés encontrados mortos às margens de um rio, foi provocada por ação humana. O delito foi descoberto no dia 6 de novembro, quando moradores avistaram os dois animais boiando sem a cabeça e sem a cauda.

A apuração do caso, que envolve diversos órgãos ambientais e de segurança do Estado, concluiu que além da morte dos animais (ameaçados de extinção), foram encontrados indícios de um vazamento de óleo diesel na água onde os cadáveres estavam.

Apesar da confirmação da decapitação por ação humana, ainda não se sabe qual a causa das mortes. Dentre as hipóteses levantadas estão: a morte por intoxicação da água suja, um possível confronto entre os animais ou a caçada ilegal. A probabilidade é que caçadores teriam assassinado os jacarés e posteriormente cortado os membros dos animais.

Um vídeo que circulou na internet mostra um terceiro jacaré levando um dos corpos nas costas. “O laudo (causa mortis) está em construção, deve ficar pronto até semana que vem. Mas, a retirada da cabeça e da cauda do animal se deu por ação humana e pode se afirmar categoricamente que o animal foi caçado”, afirmou o instituto de identificação ao UOL.

Possivelmente um ‘facão’ causou as lesões nos animais. Segundo a Fundação Municipal do Meio Ambiente (Floram), a Polícia Militar Ambiental (PMA) e o Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA-SC), as averiguações continuam. “O objetivo é confirmar a origem do despejo de combustível na área de preservação para autuação administrativa e tomada de medidas cíveis e criminais relacionadas ao delito ambiental”, apontou Beatriz Campos Kowalski, superintendente da Floram.

O IGP-SC coletou amostras da água do rio para analisar o prejuízo do óleo vazado. Até o fechamento desta matéria não há conclusão pericial. A PMA aguarda os laudos oficiais para avançar nas investigações e vêm realizando rondas frequentes na região, afim de evitar novos casos.

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