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Islândia recomeça caça às baleias

27 de dezembro de 2013
3 min. de leitura
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Por Monika Schorr (da Redação)

O que só pode ser descrito como um ato insano (para dizer o mínimo), o governo islandês acabou de aprovar novas cotas para a caça às baleias, o que significa que 229 baleias-anãs e 154 baleias-comuns ameaçadas de extinção poderão ser mortas anualmente, nos próximos cinco anos.

Foto: Reprodução/ One Green Planet
Foto: Reprodução/ One Green Planet

Este absurdo está ocorrendo mesmo após uma recente pesquisa, encomendada pela organização International Fund for Animal Welfare (IFAW) e realizada pela empresa Gallup, ter constatado que apenas três por cento da população da Islândia consome carne de baleia regularmente. Dentre os islandeses, 75% nunca compram carne de baleia, sendo que esta estimativa é ainda maior para mulheres (82%) e para jovens entre 18 e 24 anos (86%).

Uma vez que uma ínfima parcela da população do país faz uso da carne de baleia, a maior parte da caça é enviada para o mercado japonês e, lamentavelmente, grande parte é usada na fabricação de alimentos para cães.

Representantes da IFAW declararam “estar decepcionados pelo fato do governo da Islândia continuar a apoiar o comerciante e ferrenho defensor da caça às baleias, Kristjan Loftsson, através da concessão de cotas gigantescas para o assassinato desses mamíferos, ao invés de determinar o fim dessa prática abusiva, ultrapassada e antieconômica que é nefasta tanto para as baleias quanto para os islandeses”.

A Islândia retomou a caça às baleias em 2006, apesar de uma moratória internacional e, juntamente com a Noruega, foi duramente criticada por grupos ambientalistas islandeses e de defesa dos direitos animais.

Não é apenas nesse país que os caçadores de baleias estão pisando em terreno movediço. A prática da caça desses animais está se deparando continuamente com ampla condenação internacional. Austrália e Nova Zelândia entraram com ação judicial contra o Japão junto à Corte Internacional de Justiça, com sede em Haia, devido à brutal caça às baleias levada a cabo por este país.

A ação questiona a validade do alegado “programa científico japonês na Antártida”, através do qual o Japão tenta justificar a violenta caça desses cetáceos.

Comentando a recente atitude da Islândia, Robbie Marsland, diretor da IFAW do Reino Unido, disse: “Estamos profundamente desapontados pelo fato da Islândia ter tomado uma decisão tão controvertida da maneira com que foi feito. Divulgar a resolução de forma sorrateira numa sexta-feira à noite, pouco antes do Natal, sem considerar, ou fazer referência às pesadas críticas dos islandeses e da comunidade internacional direcionadas a esse comércio desnecessário e desumano, demonstra o quão inconveniente um caçador de baleias obstinado está se tornando para a Islândia”.

Ajude a deter a caça às baleias

Assine a petição que já reuniu mais de um milhão de assinaturas e fez com que as autoridades holandesas proibissem a entrada de produtos provenientes de baleias em seus portos. A atual meta desta petição é persuadir a maior rede de supermercados da Alemanha a parar de comercializar produtos oriundos da caça às baleias.

Se os baleeiros islandeses não auferirem lucros de sua indústria cruel, não terão mais motivos para continuar com ela. Assine e divulgue a petição o mais possível!

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