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Intimidados por traficantes, funcionários do CCZ de Campinas suspendem captura de animais

27 de maio de 2010
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Funcionários do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Campinas (SP) decidiram ontem que deixarão de recolher animais de grande porte em vias urbanas até a Prefeitura solucionar o problema da falta de segurança. De acordo com o presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Campinas, Marionaldo Maciel, os trabalhadores recebem ameaças dos tutores dos animais durante a ação e de traficantes de drogas que moram perto da sede do CCZ, no Parque Via Norte.

A situação de insegurança se agravou após o roubo de nove animais de dentro do centro na madrugada de anteontem. Os criminosos arrombaram o portão principal e invadiram o prédio com um caminhão. Eles levaram cinco cavalos, um bode, um bezerro e duas cabras. Apenas uma égua, batizada de Esperança, ficou no local. O vigia afirmou que não percebeu a movimentação. O corredor que leva até o curral destinado aos animais, por onde o caminhão passou, é cercado por canis.

“A paralisação desse tipo de operação vai acontecer até que providências sejam tomadas. Eles não farão a captura desses animais em vias públicas até que a Administração municipal nos dê uma solução. Diariamente, os funcionários são ameaçados pelos responsáveis por esses bichos, até mesmo de morte”, disse o sindicalista. “Quando recolheram os animais (no bairro Vila Rica e que depois foram roubados), os tutores disseram que iriam buscar os bichos. E que, se fosse preciso, mandariam bala em cima de qualquer um. Quem consegue trabalhar em um local onde há risco iminente?”, questionou Maciel.

O sindicato reivindica uma parceria na qual a Guarda Municipal (GM) faria o acompanhamento dos agentes durante o recolhimento dos animais. “É um respaldo. Além disso, queremos um circuito interno de segurança no centro. Com as câmeras, ficará mais fácil identificar quem está no local”, afirmou.

A Administração municipal informou que não foi notificada da paralisação do serviço e que ontem se reuniu com a coordenação do CCZ para discutir o tema. “O que me foi apontado é um problema pontual, que é neste caso dos animais recolhidos no bairro Vila Rica. Os agentes temem fazer novamente a captura de bichos nesse bairro onde houve ameaça”, explicou a diretora da Vigilância em Saúde, responsável pelo CCZ, Maria Filomena de Gouveia Vilela.

A diretora afirmou que vai avaliar a possibilidade de implantar o circuito de câmeras e disse também que medidas de segurança serão tomadas para o recolhimento de grandes animais em bairros considerados problemáticos.

Fonte: Agência Anhanguera

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