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Internautas denunciam que animais morrem de fome no CCZ de Campina Grande (PB)

18 de junho de 2014
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Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Condições precárias, falta de funcionários, comida racionada e o que é pior, animais que estariam morrendo de fome no Centro de Zoonoses de Campina Grande, no Agreste a 125 quilômetros de João Pessoa.

As denúncias vêm sendo feitas nas redes sociais por internautas, ativistas ambientais e parlamentares do município. De acordo com informações do ativista ambiental Letiene Santos, os animais estão em condições precárias. Um jumento acabou morrendo nesta terça-feira (17) aparentemente de fome e outros dois estariam sem conseguir levantar-se por estarem fracos.

Entre as irregularidades encontradas no local, segundo ele, além do racionamento de comida, estão falta de água, de infraestrutura para acomodar os animais, pois jumentos e cavalos estariam acomodados junto com cães, e número de funcionários insuficiente para cuidar dos animais.

“É realmente uma situação de descaso e de negligência”, denunciou. No Facebook, o ativista denuncia a situação e pede para que o Ministério Público Estadual faça alguma intervenção.

O vereador do município, Napoleão Maracajá (PC do B) esteve na manhã desta terça (17) após tomar conhecimento das denúncias e disse que o local não apresenta infraestrutura adequada para o acolhimento dos animais.

O parlamentar informou que jumentos estão muito magros e que estão com aparência de desnutridos. Ele confirmou ao Portal Correio por telefone que um jumento teria morrido provavelmente por desnutrição.

O vereador informou que irá formalizar um comunicado pedindo uma fiscalização do Ministério Público Estadual e que irá denunciar o que está acontecendo no Zoonoses de Campina Grande nesta quarta-feira (18) durante sessão na Câmara de Vereadores do Município.

Vigilância explica

A diretora de Vigilância em Saúde do Centro de Zoonoses de Campina Grande, Eliete Nunes, negou as denúncias e disse que regularmente animais chegam ao local vindos da rua, abandonados, e muitos chegam doentes e desnutridos. “São animais que geralmente foram atropelados e, após serem medicados e alimentados, vão se recuperando”, disse, mas não negou a denúncia de que um jumento teria morrido de fome.

Ela disse que somente um veterinário após analisar o animal poderia dizer isso. “Para se ter uma ideia, temos casos até de animais que são jogados pelos donos por cima do muro do Zoonose e lá não é um local para acolhimento de animais abandonados. Eles são mantidos porque não podemos deixar eles perecerem”, disse.

Quanto à alimentação, a diretora também negou que estivesse racionada, mas admitiu que há dificuldades na aquisição porque, segundo ela, não existiriam recursos da Saúde destinados para a comida dos animais e a aquisição dependeria do dinheiro do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). “Por isso todo o procedimento de compra de alimentos tem que passar por licitação”, completou.

Eliete criticou as pessoas que, na opinião dela, só fazem denunciar sem conhecer a realidade do Zoonoses. “Ninguém chega lá com um saco de ração, ou com contribuição para nos ajudar a melhorar a situação dos bichos”, reclamou.

Quanto à falta de funcionários, Eliete disse que existem atuando quatro veterinários e que são suficientes para atender a todos os animais porque não são todos que chegam lá doentes. Ela informou que ao todo existe cerca de 309 animaia, entre gatos e cães, e 68 animais de grande porte, como jumentos e cavalos.

Fonte: Portal Correio / Bayeux jovem

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