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Insetos em risco de extinção preocupam europeus

16 de março de 2010
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Um terço das 435 espécies de borboletas europeias diminuiu a sua população e 9% destas encontram-se em perigo de extinção, segundo a Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN nas siglas em inglês), elaborada com a colaboração da Comissão Europeia.

Deste modo, o novo documento assinala que a perda de habitat natural terá “um sério impacto” sobre a população de borboletas europeias, assim como de besouros e libélulas.

Em concreto, a lista ressalta que 9% das borboletas e 11% de besouros ‘saproyxylic’ (aqueles que dependem de madeira podre) e 14% das libélulas estão ameaçadas de extinção em toda a Europa.

“Quando se fala de espécies ameaçadas, as pessoas pensam sempre que se trata de grandes criaturas, como ursos panda ou tigres, mas não podemos esquecer que as espécies menores são de igual importância para o nosso planeta, assim como imprescindíveis na conversão”, explicou a diretora do grupo de Conservação da Biodiversidade da IUCN, Jane Smart, esclarecendo que, por exemplo, as borboletas têm um papel muito importante como elementos polinizadores dos ecossistemas em que vivem.

Pela primeira vez, a espécie de besouro saproxylic entrou na Lista Vermelha das Espécies Ameaçadas. Estes animais são os únicos que dependem da madeira podre, particularmente da armazenada em bosques, e têm um papel essencial, segundo os cientistas, na reciclagem de nutrientes.

Assim, um terço das 431 espécies são exclusivamente europeias. Nesta linha, 11% (46 espécies) estão em perigo a nível regional e sete (29 espécies) a nível global.

Neste sentido, a IUCN indica que, como no caso das borboletas, muitas espécies ameaçadas concentram-se no sul da Europa devido ao clima de calor intenso e de verões secos combinados com fortes extrações de chuvas para o consumo e irrigação, que provocam o decréscimo da população destes pequenos insetos.

“O futuro da Natureza é o nosso futuro e se esta falha, nós também falharemos. Os serviços que proporcionam os ecossistemas, como a garantia de comida e de água, assim como a regulação climática, são um pilar fundamental na nossa prosperidade. Quando uma lista como esta lança o alarme, as implicações para o nosso próprio futuro são claras. É um declive populacional preocupante”, conclui o comissário para o Meio Ambiente da União Europeia, Janez Potocnik.

Fonte: Ciência Hoje

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