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Inquérito sobre morte de baleias não será concluído este ano

21 de dezembro de 2010
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Acabou a época em que as baleias da espécie jubarte circulavam sem riscos pelo litoral capixaba. O número de mortes registradas no ano de 2010 ainda é um mistério para os especialistas. Segundo o inquérito aberto para investigar a causa das mortes, apesar dos relatos de biólogos, ambientalistas e cientistas, um leque de possibilidades ainda será analisado por especialistas.

A informação é da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente e Patrimônio Cultural, em Cariacica, que apura o caso e informou algumas das causas apuradas. Entre elas, causas ambientais; trânsito de embarcações; mudança da rota das baleias; o aumento da concentração de animais nesta área (durante os meses de agosto e setembro) e até o aumento da cobertura dos agentes que acompanham os trabalhos de preservação da espécie.

Entre estes, o mais difícil de avaliar é ainda o impacto com embarcações, já que as baleias chegam à praia em estado de decomposição. Outro enigma neste caso se dá através do alto número de baleias jovens encontradas mortas. Apenas no início do mês de setembro deste ano, das 14 baleias encontradas mortas, 13 eram jovens.

A informação é que estatísticas e comparações coletadas desde 1950, quando houve os primeiros registros de encalhes de baleias no Estado –  ocorrido em Vila Velha –, demonstram que nunca houve tantas mortes de baleia. Ao mesmo tempo, estes dados demonstram ser crescente o número de mortes ao longo dos anos.

Segundo os especialistas, há motivos para a apreensão diante das mortes, mas as mortes também podem indicar um aumento do estoque da espécie nesta região.

Isso demonstra que, a partir da década de 1980, quando ainda era permitida a caça às baleias, esse estoque vem crescendo. Estudos recentes, e o esforço de observação do Instituto Jubarte e do  Instituto Orca, que atua no Espírito Santo, relativo ao aumento da presença nos casos de encalhe e acesso aos registros, demonstram também um aumento desta população.

Ainda que positiva, a justificativa não deve ser tida como uma definição. A recomendação dos ambientalistas é que o inquérito só seja finalizado após a apuração de todas as possibilidades, inclusive envolvendo grandes embarcações.

A informação foi de que podem ser encontradas baleias a 15 milhas da costa com facilidade, o que pode, neste caso, ter dificultando a atividade e inclusive ter gerado a morte de duas das baleias jubarte juvenis encontradas no ES. Ambas foram encontradas com marcas de cabos e lesões nas nadadeiras, enquanto uma delas possuía até um cabo amarrado em sua cauda.

Fonte: Século Diário

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