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Com apenas dois hospitais veterinários públicos, São Paulo tem atendimento saturado

16 de julho de 2014
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Foto: Divulgação
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Projeto em tramitação na Assembleia Legislativa cria serviço que oferecerá consultas, atendimentos e cirurgias, inclusive ortopédicas e oftalmológicas

A cidade de São Paulo conta apenas com dois hospitais veterinários públicos, mantidos pela prefeitura, para atender a uma população crescente de animais, especialmente cães e gatos. Com atendimento saturado, ações alternativas tentam minimizar o transtorno de quem procura pelo serviço.

A partir deste mês de julho, as consultas nas unidades do Tatuapé e Tucuruvi passam a ser agendadas por telefone. De acordo com informações veiculadas pela Rádio Estadão, serão distribuídas 60 senhas por dia por esse canal, 30 para cada localidade. O serviço estará disponível todos os dias a partir das 15h30. As consultas serão realizadas no dia último subsequente. A ideia é evitar que se formem filas nas unidades.

Segundo a reportagem, são realizados de 130 a 150 atendimento por dia nos dois hospitais veterinários da cidade, entre animais que chegam pela primeira vez e os que já estão em tratamento.

O Projeto de Lei 827/2014, de autoria do deputado Feliciano Filho (PEN-SP), em tramitação na Assembleia Legislativa de São Paulo, propõe a instituição do Serviço de Hospital Veterinário Público no estado, como forma de evitar que animais da população carente fiquem sem atendimento.

“É muito importante que tenhamos hospitais regionais para que possam ser atendidos, de forma gratuita, os animais da população carente e de baixa renda, que não tem acesso a clínicas particulares e assistem seus animais morrerem sem assistência, sem nada poder fazer”, destacou Feliciano.

De acordo com o projeto de lei, os hospitais veterinários públicos farão consultas, atendimentos, cirurgias – inclusive ortopédicas e oftalmológicas – dando prioridade ao cuidado preventivo, à castração e à identificação dos animais.

“O atendimento aos animais é uma ação humanitária, de meio ambiente e de saúde pública. Pela proposta, o Serviço de Hospital Veterinário Público Estadual poderá atuar firmando convênios com as faculdades de medicina veterinária, auxiliando-se mutuamente. Assim, a população terá o atendimento gratuito e os alunos terão estágios e aprendizado garantidos”, afirma o deputado.

Economista, vegetariano, Feliciano Filho fundou em 2001 a ONG União Protetora dos Animais (UPA), permanecendo à frente da entidade até 2009. Foi eleito em 2004 para mandato de vereador em Campinas (SP), tendo sido o vereador mais votado do município. Em 2006, elegeu-se Deputado Estadual e foi reeleito, em 2010, com 137.573 votos. Neste período, aprovou a “Lei Feliciano” (Lei Estadual 12.916/08), que proíbe a matança indiscriminada de cães e gatos nos CCZs (Centro de Controle de Zoonose) e canis municipais; a Lei da Nota Fiscal Animal (14.728/12), que estende os benefícios da Nota Fiscal Paulista às entidades de proteção animal sem fins lucrativos; e a Lei 15.316/14, que proíbe o uso de animais em testes de produtos cosméticos, higiene pessoal, perfumes e seus componentes no Estado de São Paulo. Sua plataforma política se baseia na instituição de políticas públicas para a problemática dos animais em todo Estado de São Paulo.

Fonte: MaxPress

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