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Homens invadem santuário de animais no Zimbábue e matam mais de 300 zebras

1 de outubro de 2010
2 min. de leitura
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Por Giovanna Chinellato  (da Redação)

Invasores que ocuparam ilegalmente uma reserva da vida selvagem no Zimbábue foram acusados de matar mais de 300 zebras em dois meses e sete antílopes apenas na semana passada. De acordo com a Zimbabwe Conservation Task Force (ZCTF), os ocupantes ilegais também derrubaram vários quilômetros da cerca especial que contorna a reserva.

Carcaça de um dos animais que foram vítimas do massacre dos invasores

Toda a destruição está acontecendo na reserva de Ian Ferguson, que emitiu uma ordem exigindo a desocupação dos invasores. Porém, como em todos os casos de ocupação de terra, a ordem foi ignorada. Johnny Rodrigues, líder da ZCTF, disse: “É trágico. As autoridades falharam em aplicar a ordem judicial e o massacre continua acontecendo.”

Rodrigues visitou a Denlynian and Tamari Wildlife Farm em Beitbridge depois de receber relatos de que ela fora invadida por um grupo que se chama de “Zhove Conservancy Co-operative”. Os membros do grupo incluem policiais, exército, serventes civis, empregados rurais, veterinários e ativistas da ZANU-PF. Por causa do massacre, a população de cefos caiu de 973 para 374, sendo que a de zebras foi de 871 para 163. Um massacre de 708 indivíduos.

“Os donos das propriedades checaram com o Deeds Registry e não encontraram nenhuma organização registrada como Zhove Conservancy. Eles entraram com uma ação legal contra os invasores e a corte determinou que fossem expulsos, mas foi ignorada e a polícia está relutante em agir”, disse o ZCTF. Enquanto isso, os invasores queimaram 200 hectares de árvores e roubaram painéis solares e bombas d’água.

O santuário da vida selvagem Denlynian e Tamari é agora exemplo forte de tudo o que tem de errado com a invasão de terra no Mugabe. Seus ocupantes simplesmente mataram animais e roubaram equipamentos. Antes paraíso de turistas, o santuário é agora um descampado desolado. As carcaças de zebras ainda estão jogadas em frente à construção desativada de um hotel de luxo. E nada disso impediu a ZANU-PF de culpar sanções específicas para as dificuldades econômicas.

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