Um homem foi preso em flagrante suspeito de matar a tiros de espingarda um cachorro em Altamira do Paraná, na região centro-oeste do Paraná. Em vídeo, ele promete matar outros animais, inclusive passarinhos, que entrem em seu quintal.
O caso ocorreu no final de abril deste ano, após uma denúncia anônima pelo telefone 181. A gravação foi anexada no inquérito policial.
No vídeo, o homem exibe a arma usada para matar o animal e faz ameaças de tirar a vida de outros animais, caso invadam o quintal dele.
“Eu não perco tiro não, é difícil eu perder um tiro. Eu vou matar também”, disse
Investigação
Após a denúncia, foi cumprido mandados de busca e apreensão na casa do suspeito.
Policiais encontraram diversas armas de fogo de uso restrito e com numeração raspada e munições, segundo a polícia.
O suspeito prestou depoimento, mas continuou preso por porte ilegal de arma de fogo.
De acordo com o delegado Pablo Amorin Andrade, responsável pela investigação, o inquérito foi finalizado e encaminhado ao Ministério Público do Paraná (PM-PR) para analisar o caso e decidir se continua ou não com o andamento do processo.
“Ele foi indiciado por maus-tratos contra o animal com pena de dois a cinco anos de prisão”, disse.
Maltratar animal é crime
A Lei de Crimes Ambientais (Lei 9.605/98) prevê pena de dois a cinco anos de reclusão para o crime de maus-tratos contra cães e gatos (aumentada de um terço a um sexto no caso de morte do animal), mais multa e proibição da guarda.
O que é considerado crime de maus-tratos?
É a prática de qualquer ato que cause dor ou sofrimento a animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos, como:
– Ferir, mutilar, envenenar ou fazer rinha;
– Zoofilia;
– Abandono de animais;
– Não dar comida ou água diariamente;
– Manter em locais pequenos sem higiene e/ou circulação, ou manter o animal desprotegido de condições climáticas;
– Causar sofrimento através de métodos de punição com intuito de treinar ou exibir o animal;
– Negar assistência veterinária.
A denúncia pode ser feita de forma anônima pelo telefone 181 ou pela internet no Boletim Online.
Fonte: G1
