Por Vanessa Perez  (da Redação)

Um grupo de proteção animal local pediu aos consumidores que boicotem produtos feitos com peles de coelho para ajudar a parar com a matança sangrenta dos animais na China, que responde por 90% da produção mundial de peles de coelho, segundo informações do jornal Focus Taiwan News Channel.

De acordo com Chen Yu-min, diretor da Environment and Animal Society de Taiwan, na China, os comerciantes – além de tirar dos animais o direito à vida – usam métodos desumanos para matar coelhos para sua pele.

Os animais normalmente são assassinados com pistola elétrica antes de serem esfolados, possivelmente vivos, ela disse.

Em um vídeo mostrado pelo grupo em uma entrevista coletiva, os trabalhadores de uma fábrica na província chinesa de Hebei foram vistos matando coelhos com golpes na nuca para depois serem lançados em outra plataforma de trabalho onde foram pendurados pelos pés e esfolados.

Chen disse que os coelhos criados na China para a uso da pele, são separados de suas mães às quatro semanas de vida e são mantidos em gaiolas o que resulta em espinhas deformada e úlceras crescem em suas patas traseiras.
Em alguns casos, o medo de serem separadas de seus filhotinhos é tão desesperador que as mães são obrigadas a comer a própria cria, disse ela.

Citando estatísticas de 10 anos atrás, Chen disse que 10 milhões de coelhos (por ano) foram criados por sua pele na China.

Entretanto, 60 a 80 milhões de coelhos foram criados, por ano, por sua carne e a pele também foi utilizada, porém, em uma quantidade menor aos que são criados somente para pele.

Além da matança brutal, disse a defensora dos animais, produtos químicos que contêm formaldeído, ácido sulfúrico e cromo são usados para processar a pele do coelho na China, que são potencialmente prejudiciais a quem os consome.

O cromo, em particular, pode causar deformidades em fetos e foi proibido na Alemanha.

De 2006 a 2010, Taiwan importou 128,783 kg de pele de coelho, sendo que 40 a 70 por cento do total vieram da China, disse ela.