EnglishEspañolPortuguês

Governador do Alasca defende devastação do habitat dos ursos polares

11 de março de 2011
2 min. de leitura
A-
A+
Imagem: Reprodução Jornal Público

O estado do Alasca, nos EUA, apresentou nesta quarta-feira (9) uma queixa em tribunal contra duas agências federais que designaram 500 mil quilômetros quadrados de habitat crucial para proteger o urso polar da extinção.

A queixa contra o Departamento do Interior e contra o Serviço norte-americano de Pescas e Vida Selvagem foi apresentada no tribunal federal de Anchorage, noticia o “The Wall Street Journal”.

O jornal “Anchorage Daily News” lembra que o Alasca – que tem incentivado a produção petrolífera no estado, em nome do “desenvolvimento” – considera que a medida a favor dos animais é excessiva e desnecessária.

Na verdade, este é o segundo processo legal dirigido ao governo federal contra a designação daquela área para o urso polar, depois de na sexta-feira passada a iniciativa ter partido da Associação do Petróleo e Gás do Alasca.

O governador do Alasca, Sean Parnell, alega que as leis existentes “já dão fortes medidas de conservação para os ursos polares”. “Regulamentações adicionais só vão adiar a criação de postos de trabalho, aumentar os custos ou mesmo evitar projectos de desenvolvimento cruciais para o estado”, citou o “The Wall Street Journal”.

A 24 de novembro, o Departamento do Interior norte-americano designou como “habitat crítico” para a população de ursos polares do Alasca uma área com cerca de 500 mil quilometros quadrados. Segundo o Serviço norte-americano de Pescas e Vida Selvagem, “a designação identifica áreas geográficas que tenham elementos considerados essenciais para a conservação do urso polar, que exigem proteção especial”. A maioria deste habitat é o gelo que está à superfície do mar. Na verdade, a espécie é totalmente dependente deste gelo marítimo para sobreviver. Usam-no como plataforma para caçar focas, como zonas onde procuram parceiros e se reproduzem e para fazerem deslocações a longas distâncias.

A medida não proíbe as atividades econômicas mas estas devem levar em conta os impactos nas populações de ursos polares. Para a região onde vivem as duas maiores populações de urso polar do país estão previstas novas explorações petrolíferas da Royal Dutch Shell.

Já há dois anos, o estado do Alasca protestou contra a classificação do Governo dos ursos polares como espécie ameaçada.

Fonte: Jornal Público

Você viu?

Ir para o topo