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Golfinho é encontrado mutilado na Praia do Farol, em Mosqueiro (PA)

23 de julho de 2015
2 min. de leitura
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Para pesquisadores, golfinho pode ter sido mutilado para uso de partes do animal em rituais locais. (Foto: Angélica Rodrigues/ UFPA)
Para pesquisadores, golfinho pode ter sido mutilado
para uso de partes do animal em rituais locais.
(Foto: Angélica Rodrigues/ UFPA)

Restos mortais de um golfinho, do gênero Sotalia, de espécie ainda não identificada, encontrado encalhado na praia do Farol em Mosqueiro, distrito de Belém, no último fim de semana. Essa semana um grupo de pesquisadores da Universidade Federal do Pará (UFPA) foram ao local para examinar o mamífero, que foi encontrado mutilado.
O golfinho é macho, e tinha um comprimento de 1,60. Integrantes do Grupo de Pesquisa Biologia e Conservação de Mamíferos Aquáticos da Amazônia (BioMA) da UFPA recolheram amostras do animal, e pretendem identificar a espécie e realizar exames para tentar descobrir as possíveis causas do encalhe.
Golfinhos morrem por afogamento
Segundo os biólogos, encalhes de golfinhos marinhos e fluviais são comuns na região. “Espécies de golfinhos fluviais, como os tucuxis, por exemplo, andam em grandes grupos com até 60 indivíduos. Como na costa paraense há uma intensa atividade pesqueira, eles podem ficar presos nas redes e morrer por afogamento”, explica Angélica Rodrigues, pesquisadora do BioMA/UFPA.
Angélica Rodrigues explica que o grupo de pesquisadores foi informado da presença do animal na praia por uma oceanógrafa da universidade na segunda-feira (20), à noite e, no dia seguinte, foram ao local para analisar o caso. “Ele estava morto e tivemos dificuldades para coletar amostras devido à localização dos restos mortais, pois a carcaça estava em um buraco. Fizemos a coleta e as primeiras análises e em seguida os bombeiros rebocaram a carcaça e lançaram de volta ao rio”.
Cultura local e usos mágico-religiosos de golfinhos
A pesquisadora conta que ao encontrar o animal em Mosqueiro, percebeu que parte da pele do golfinho havia sido retirada. “Devido à difusão da lenda do boto há muitos usos mágico-religiosos para partes do corpo do animal. Não sabemos como esta pele foi retirada, mas é possível que quem tenha feito isso pretenda usá-la de forma medicinal ou ainda como isca na pesca de tubarões”.
Serviço
Casos de encalhes de mamíferos aquáticos na região podem ser comunicados para o CEPNOR Fone: (91) 3274-1237) e/ou BioMA pelo telefone (91) 981370377/981524267 ou pelo e-mail [email protected].
Fonte: G1

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