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ARGENTINA

GAP: como é o santuário que o chimpanzé Toti pode viver no Brasil se habeas corpus for aceito

28 de março de 2024
Redação ANDA
2 min. de leitura
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Foto: Clara Estrada

Em um santuário localizado em Sorocaba, Brasil, vive Cecília, uma chimpanzé que passou toda a sua vida em cativeiro no zoológico de Mendoza, na Argentina, até ser legalmente reconhecida como uma “não-pessoa humana” em 2017. Esse reconhecimento concedeu a ela o habeas corpus e, consequentemente, sua liberdade.

O Santuário dos Grandes Primatas, que abriga 45 chimpanzés, entre outros primatas e aves, é como um refúgio no meio da selva. No entanto, ao adentrar seus recintos, é possível vislumbrar as silhuetas curiosas dos primatas, cada um com sua história marcada por circos, zoológicos, laboratórios e outros ambientes de exploração humana.

Os chimpanzés, nossos parentes mais próximos, compartilham uma grande semelhança genética conosco, o que os torna frequentes vítimas de exploração e abuso. Cecília, junto com outros chimpanzés na Argentina, como Toti, viveu em cativeiro em condições precárias, muitas vezes solitária e estressada.

A transferência de Cecília para o santuário em Sorocaba marcou um novo capítulo em sua vida. Inicialmente reclusa e introvertida, Cecília encontrou conforto na companhia de outros chimpanzés, como Marcelino e seu irmão Miguel, revelando uma nova dinâmica de interação e afeto entre eles.

O Santuário dos Grandes Primatas oferece um ambiente espaçoso e enriquecedor para os chimpanzés, permitindo que eles se movam livremente e interajam com outros de sua espécie. Muitos dos animais que vivem lá enfrentaram traumas físicos e psicológicos decorrentes de anos de exploração e maus-tratos.

Pedro Ynterian, criador e proprietário do santuário, destaca a importância de oferecer um ambiente seguro e natural para os primatas, onde eles possam se recuperar e viver de acordo com suas necessidades e instintos naturais.

Apesar dos desafios enfrentados pelos chimpanzés resgatados, o santuário proporciona uma segunda chance para esses animais, permitindo-lhes desfrutar de uma vida digna e livre da exploração humana. A história de Cecília e seus companheiros é um lembrete poderoso da importância de respeitar e proteger a vida selvagem, reconhecendo a complexidade e a sensibilidade dos animais que compartilham nosso planeta.

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