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Ganha força a corrente defensora da alimentação semelhante à humana para animais domésticos

6 de setembro de 2011
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A jack russel Fina jamais comeu produtos industrializados (Foto: Reprodução/Isto É)

Purê de legumes e quinoa temperados com uma boa dose de azeite de oliva. O prato, que poderia cair bem numa dieta light, é um dos exemplos da última tendência defendida por alguns veterinários para a alimentação dos animais domésticos. Tutores de cães e gatos vêm substituindo as rações por refeições balanceadas, que, garantem, são melhores para a saúde e atrativas. Estudo da Universidade Estadual Paulista (Unesp) corroborou essa tese ao analisar fezes de cães que se alimentavam de ração e comiam alimentação natural.

A turismóloga carioca Carol Agacci comprovou isso na prática. Seu pug Boris tinha problemas de pele e perda de pelo e em apenas duas semanas de nova dieta sua aparência se transformou. “Dá mais trabalho, mas a saúde dele melhorou muito”, diz. “E agora não tenho que fazer esforço para ele comer.” Os mais radicais adotam a alimentação crua ou até vegetariana. Na mão inversa, veterinários alertam: abandonar os produtos industrializados requer a consulta a um especialista, pois animais não podem seguir a alimentação humana.

Adepta da comida feita em casa para os animais, a veterinária Sylvia Angélico, do portal Cachorro Verde, dá receitas online de acordo com o porte e a idade deles. Ela aconselha os tutores a adquirir uma balança para não errar nas medidas. “O estudo da nutrição foi praticamente abandonado pelas faculdades. Por insegurança, os veterinários acabam indicando logo a ração”, afirma. Atualmente, há até empresa especializada em comida congelada para animais. A tradutora carioca Lúcia Pestana, 55 anos, adotou a alimentação natural para seus dois cães. O poodle Thomas comeu ração por 13 anos e sofria de problemas gastrointestinais. Após usar vários produtos, adotou recentemente a comida balanceada e garante que os problemas dele acabaram. Já a jack russel Fina, de um ano, jamais comeu produtos industrializados.

O debate promete ser grande. “Os produtos se aprimoraram e há os indicados até para animais com doenças”, afirma o veterinário André Mello, defensor das rações. O ponto fundamental é chegar a uma dieta adequada para o animal, o que não é fácil. Para Renato Campello, do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio, é até possível adotar a comida caseira quando o animal rejeita a ração, mas ele recomenda consultar um especialista. “Há pessoas querendo adotar a macrobiótica para os animais, isso é um absurdo”, adverte.

Com informações da Isto É

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