EnglishEspañolPortuguês

Fogos de artifício assustam cães

31 de dezembro de 2013
3 min. de leitura
A-
A+
( Foto: Eisner Soares)
( Foto: Eisner Soares)

A festa de Réveillon é aguardada por muita gente que comemora e expressa suas expectativas para o ano que vai entrar com os coloridos e barulhentos fogos de artifício: um prato cheio para os olhos, aterrorizantes para os animais domésticos, especialmente para os cães. Alguns ficam com tanto medo que tentam fugir do local onde estão e acabam indo para as ruas. Outros podem se debater na tentativa de se esconder e sofrem ferimentos.

Para evitar esse tipo de situação o ideal seria que os tutores desses animais os preparassem com antecedência, os condicionando para o dia dos fogos. Porém, segundo o proprietário de um estabelecimento especializado em adestramento, Júlio César do Carmo, a maioria das pessoas só pensa nisso quando chega próximo ao final do ano. “Há todo um treinamento que é possível de ser feito com o cão para que ele acostume com o barulho. O medo não está no som alto em si e sim de onde vem esse som. Para o animal, não saber de onde vem o estrondo é que é problemático. Por isso, há uma série de exercícios que os tutores podem fazer com seus cachorros para condicioná-los”, explica o especialista.

Uma das dicas é começar soltando uma bombinha, a uma distância significativa do animal e depois fazer festa para ele, o recompensando com biscoitinhos, por exemplo. Depois, de acordo com Carmo, esse barulho deve aumentar e se aproximar do animal. “Com isso, você condiciona o psicológico do cão e ele não vai se assustar tanto quando os fogos forem soltos no Réveillon. Mas exige dedicação e tempo”, salienta.

Mas para aqueles que não sabiam disso ou se esqueceram, ainda dá tempo de fazer algo pelo animal doméstico. A orientação de Carmo é que se o cão for ficar sozinho, em casa, o tutor deve deixá-lo em local seguro, longe de equipamentos e utensílios elétricos. “Já soube de casos de cães que chegam a tentar entrar na máquina de lavar e morrem eletrocutados por causa disso. Objetos cortantes por perto também precisam ser evitados. O medo deles pode chegar a um extremo que não medem esforços para se esconder, para se livrar daquilo e nesse caminho se machucam”, salienta.

Já para aqueles que passarão o Ano Novo com o cachorro, o ideal é que estejam perto do animal, deixando-o seguro. Porém, especialistas em comportamento canino não indicam abraços ou carinhos em demasia porque isso aumenta ainda mais o temor e o cão acaba associando os fogos com carinho e não com tranquilidade. Passar a mão na coluna do cachorro é positivo e acalma, mas se ele quiser ficar debaixo da cama, por exemplo, escondido, o melhor a fazer é deixá-lo à vontade. Aumentar o som da TV ou colocar música alta para diminuir o impacto do volume dos fogos também é recomendado, já que os caninos ouvem sete vezes mais que os humanos, segundo pesquisas veterinárias. Algodão nos ouvidos do cachorro também podem ajudar.

De acordo com o veterinário Marcio Chiba, 33 anos, o uso de medicamentos calmantes ou sedativos, para casos extremos, só deve ser feito com prescrição médica. “O ideal não é usar calmantes, mas se o veterinário prescrever, tudo bem. Já existem, inclusive, florais para animais, que fazem esse papel de tranquilizantes”, destacou.

Fonte: O Diário de Mogi

Você viu?

Ir para o topo