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ÓRFÃO

Filhote de macaco é resgatado após se perder da mãe durante queimada

Um filhote de onça-pintada também foi vítima dos incêndios, mas não conseguiu sobreviver e foi encontrado com queimaduras pelo corpo

10 de setembro de 2021
Mariana Dandara | Redação ANDA
2 min. de leitura
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Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Um filhote de macaco da espécie bugio foi resgatado após se perder da mãe durante um incêndio florestal na região do município de Gurupi, no Tocantins. Órfão, o animal não conseguiria sobreviver sozinho na natureza e, por isso, foi salvo.

Após o resgate, o filhote foi levado para o Centro de Fauna do Tocantins (Cefau), em Palmas. De acordo com os especialistas da instituição, o animal, que tem quase cinco meses de idade, não tem condições de retornar à natureza e, por essa razão, terá que viver em cativeiro.

Médico veterinário do Cefau, Gabriel Rocha Freitas de Campos lembrou ainda que, além dos animais que sofrem queimaduras durante o incêndio, outros são prejudicados pelo fogo de maneiras diversas. “Quando o fogo passa causa uma grande devastação. Com isso ocorre também a diminuição dos alimentos desses animais, tanto a parte carnívora que os animais promovem fuga, como a parte herbívora dos animais que comem frutas”, explicou ao G1.

O especialista mencionou ainda as sequelas deixadas nos animais por conta de problemas de saúde desenvolvidos em consequência das queimadas. “Também existem muitas sequelas nos animais provocadas pelas queimadas, sejam elas pulmonares ou queimaduras. Outros animais, na época de reprodução, a fêmea promove a fuga deixando para trás alguns filhotes”, disse.

Além dos animais que morrem carbonizados ou sufocados pela fumaça, muitos ficam feridos. Dentre as vítimas fatais, está um filhote de onça-pintada encontrado morto com as patas e as orelhas queimadas.

Foto: Divulgação

Milhares de focos de queimadas

O Tocantins registrou quase sete mil focos de queimadas em 2021, o que representa um aumento de 20% do que o registrado no mesmo período de 2020. Em meio às chamas, sofrem não só a fauna silvestre, mas também os animais explorados para consumo humano, como vacas e bois, que lutam para fugir do fogo que alcança as fazendas.

Tamanha destruição ambiental é facilitada pelo clima seco e os ventos fortes. “Nós temos um déficit hídrico onde neste ano nós tivemos apenas 1.270,6 milímetros de chuva com destaque para o mês de fevereiro. Os demais meses muito abaixo do normal, com isso a vegetação secou e os incêndios estão aumentando”, disse ao G1 o coordenador da Defesa Civil de Talismã, João Carlos.

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